Naútico
Eu velejo
com as velas içadas na brisa
dos seus sonhos
Eu velejo
pelo mar das ondas curvilíneas do seu corpo
Eu velejo
contra a arrebentação
que quebra nas juntas
da sua pele
Eu velejo
pelos estreitos dos seus sorrisos, asas das minhas palavras.
Eu velejo
até ancorar no seu fundo, mergulhar de cabeça
nas areias do seu espírito
e com os braços enroscados
no seu ventre, sem fôlego,
eu afundo
Como nenhum submarino afundaria
no oceano da abissal magia
dos seus gestos.
Domingas Alvim
Nenhum comentário:
Postar um comentário