segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Sobras: Rock in Rio 2013




   A questão é simples: ame-o ou deixe-o, de vez! Durante 7 dias, divididos em dois finais de semana houve uma profusão de sons no decorrer da 5° edição do maior "festival latino de música", segundo a Wikipédia. Só do uso do  "latino"... já da pra sentir a diferença com relação aos demais festivais que acontecem pelo mundo à fora!... Polêmicas à parte, e para acabar com a principal delas... É só alterar/ excluir uma palavrinha, coisa fácil das pessoas acostumarem e para os investidores; explorarem e lucrarem ainda mais com este mega evento. De alguns anos pra cá o Brasil foi inserido na rota de grandes eventos e, tal como os antigos Bandeirantes, os novos exploradores estão aí... Coisa que antes qual artista se aventuraria em terras tupiniquins se já não estivesse em fim de carreira?

   Da escalação duvidosa de muitos artistas em alusão ao nome do Festival, não era novidade que os mesmo não surpreenderiam. Assim, todos (ou os que conseguiram) conduziram seus shows  de forma técnica e perfeita como por exemplo, Justin Timberlake.
Que continua como "príncipe do pop", apesar de muitos já quererem destronar Michael Jackson... Quanto aos micos das entrevistas para a divulgação de seu novo filme, a enorme falha foi de sua acessoria que derrapou ao permitir que ele aparecesse em programas de tons jocosos.  



    Outros tantos artistas fizeram um show morno  cumprindo apenas com o contrato. E, pior daqueles  que nem tinham bagagem para a magnitude do evento, tipo o iniciante Philip Philips que teve que emprestar músicas de outro artistas (até Thirller do Michael tocaram) para conseguir concluir o tempo do show.

     Por vários momentos parecia que todos estavam sintonizados naquelas emissoras, no melhor estilo Antena 1... para ouvir feras como George Benson, Alicia Keys...


     Herdeiro do título de "queridinho das meninas"- John Mayer e sua relação orgasmica  com a "gir-friend":a guitarra! Talvez seja por isso que seus namoros holliwoodianos e afins durem pouco!



    E do que no passado já foi o queridinho... Agora só com as senhoras - Bon Jovi, que mandou bem no marketing estilo Hebe Camargo: selinho em fã.



    Se já não tivéssemos o Falcão chegou uma réplica italiana, tal Jiovanotti. E, em vários momentos a coisa ficou tão séria, que a melhor opção era enfrentar uma fila de mais de 3h para descer de tirolesa. Sorte do ator/cantor Jared Leto líder do 30 Second to Mars que em mais uma de suas atuações se lançou das cordas para o delírio do povo. Fora a antiga e, sempre bem-vinda prática de usar a camisa da seleção.



   Das bandas nacionais, sempre aquilo: o se perder entre ser o ídolo e terem os ídolos tocando no mesmo palco.

  Dos "tributos", com certeza muitos se remexeram nas lápides... Homenagear Rauzito sem Marcelo Nova?... E, o pessoal que resolveu continuar em ritmo de protesto? Samuel Rosa ( Skank) ao cantar É proibido fumar, no meio do refrão completou: "Maconha não pode, mensalão 2 pode?!" Depois foi a vez de parte da bateria da Mangueira entrar no palco homenageando o grupo de manifestantes Black Bloc pois; trajavam panos encobrindo os rostos.

    Fora os shows à parte, de gente "fim de linha" tentando reconquistar um lugarzinho ao sol e "os filhos de quem?" dentre as sub celebs com direito a  lista de "vipinhos e vipões" querendo tudo na faixa, como é de costume. Mas o povo cativo estava lá, em massa para sustentar com prazer, o conforto e as extravagâncias deles...  Em tempos de "Festival televisonado ao vivo"... Como cantou a anos (e nada mudou) Zé Ramalho: "...Vida de gado, povo feliz..."

   Para o pessoal do rock mesmo; tiveram lá seus momentos do metal e afins, com Monstros consagrados como o Sepultura, Metálica e Alice in Chains. Até a banda Ghost com uma suposta encenação de missa satânica passou ilesa. A novidade positiva ficou por conta do progressivo light do Muse.

   Felizmente também houveram dois encontros memoráveis no palco Sunset, para quem gosta de Soul, Ritmes Blues:  Vintage Trouble & Jesuton foi um espetáculo.



   Depois, o mais puro Blues catedrático com Ben Harper & Charlie Musselwhite: divino.


   Completando o saldo positivo: em tempos de "seguidores" e clicks digitais frenéticos para serem postados nas redes sociais, quem mandou bem foi a "velharia", já que ao menos metade do público presente tinham idade para serem seus netos...

The Boss: Springsteen, o sessentão com ares de "bom moço" disse a que veio iniciando  com um clássico do rock nacional:Sociedade Alternativa num arranhado mas decifrável, português. Deu sequência com um mega show de 2h40 com vários sucessos e momentos de interação direta com o público. 



The Leader: Dickison, o cinquentão vocalista do Maiden tornou possível, uma brilhante viagem no "túnel do tempo" dentro do Metal através dos inúmeros sucessos da banda.



E os nem tão antigos assim, do Sepultura que promoveram um show antológico ao lado do ícone renegado da MPB, Zé Ramalho.


 
   Cabe lembrar que todos os comandantes citados não são "grandes dinossauros" à toa... Tirando o , os demais deixaram de ser meros músicos e  transforam seus nomes em verdadeiras marcas de sucesso... Coisa que antes eram necessários décadas de prática para se tornar um monge...

    Que venha o próximo, .... in Rio em 2015!




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