Saudade
I
Um segundo — não foi mais que um segundo
esse amor que vivemos — um lampejo
que iluminou, por um momento, o mundo
que foi nosso afinal naquele beijo…
Tão breve… Entretanto tão profundo!
Vertigem de uma posse, de um desejo,
lembrança — vivo ardor em que me inundo
— e entorno dela ainda palpito e a desejo…
Foi amor, esse amor? Foi um minuto
cheio de eternidade e dela oriundo,
fruto sem flor, flor que morreu sem fruto.
E ao final, a ironia dolorida:
desse efêmero amor — fugaz segundo
— uma saudade para toda a vida!
In: Os Mais Belos Poemas Que O Amor Inspirou IV/ by J. G. de Araujo Jorge
Via: Cheiro Lavander
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