Poema dos Orixás

O cheiro que vem da mata traz a sabedoria de Oxossi

O som que canta o mar o amor de Yemanjá
O vento sopra a clareza de Oxalá
Dos rios e cachoeiras a docura de Oxum.

Não se assuste com os trovões de Xangô que são para te acordar, 
assim como a ventania de Iansã que vem o mal dissipar.

Contemple as cores do arco-íris de Oxumaré 
e descanse nos braços protetores de Nanã, 
pois quando a batalha chega é com a justiça de Ogum que se guerreia.

Na inocência de Ibeji brincamos a vida 
para trazer a beleza e instaurar o equilíbrio de Logum Edé.

Nos entregando verdadeiramente como Obá 
e abraçando nossa causa à exemplo de Iroko.

Na manipulação das ervas, deixar reinar a magia de Ossaim
para curar todos os males com a experiência de Obaluaê.

Desta forma, nos tornamos verdadeiros mensageiros do Cosmos inspirados na força de Exú.
Poema dos Orixás - Ana Paula Azevedo Barroso.