Próximo assunto: Amor. Amor. Amor.
Não falo muito de amor, por muitas razões, mas vou começar a falar mais sobre
ele. Não falo sobre ele, não costumo usá-lo no meu vocabulário regular com os
Shaumbra. Não fazemos Kumbayas do amor, porque, para mim, o amor não é como a
maioria dos humanos o define ou mesmo o vivencia. Para mim, o amor humano é
muito superestimado.
O amor tem sido altamente manipulado, e o amor, em geral, é algo que vocês têm
que dar aos outros. E, às vezes, talvez, recebê-lo. Mas consideram o amor mais
como algo que é pra ser dado aos outros. Não se ouve muito falar de receber
amor, mas de dar amor.
O amor está muito gasto, foi usado demais, mesmo na Bíblia e em alguns outros
livros sagrados. O amor definitivamente foi levado ao extremo do makyo pela
Nova Era, começando nos anos 1960, mas realmente se estendendo além deles. Foi
transformado em makyo pela Nova Era: “Nós todos vamos amar uns aos outros,
vamos fazer Kumbaya do amor, e nós todos somos um e vamos voltar a amar uns aos
outros na unidade.” E, pra mim, isso é meio que uma farsa. É uma interpretação
muito equivocada da energia e, de fato, do que o amor realmente é.
Para mim, amor é... bem, é algo que foi primeiramente vivenciado aqui na Terra.
E as pessoas falam de Deus compartilhando seu amor. Só aí já dá pra saber que
algo está errado: identificar Deus como “ele” e compartilhar esse amor meio que
"por encomenda" ou por meio de súplica. Deus dá como esmola um pouco
de amor aqui e ali. Deus – seja lá o que for – não fazia ideia do que era amor.
A alma de vocês, seu Eu Sou não fazia ideia do que era amor até os humanos
virem para este planeta. Ninguém disse “vão para o planeta vivenciar o amor” porque não se fazia ideia
do que era amor. Vocês vieram para o planeta para entender a relação entre
consciência e energia em nome de suas famílias angélicas, que vocês não amavam
porque não havia amor.
Então, agora, vocês vêm para este planeta, vocês abarcam essa incrível busca
insana para entender a energia e a consciência, e o que descobrem? O amor. O
amor puro. O amor pelo outro. Uma conexão tão clara, uma recordação – mesmo
nesta realidade –, uma recordação de onde vocês vieram, juntamente com a outra
pessoa, sabendo que ambas vieram de um lugar distante, bem longínquo, muito
tempo atrás. E houve essa conexão que, depois, desencadeou essa coisa que nunca
tinha sido vivenciada no planeta – o amor. E o amor acabou se tornando um dos
sentidos angélicos.
Vocês continuaram amando, mas, aí, descobriram o lado escuro do amor –
advogados de divórcio. Vocês descobriram a brutalidade do amor, quando um pai
batia em vocês dizendo “estou fazendo isso porque amo você”, quando chegaram em
casa uma tarde e pegaram o cônjuge com outra pessoa na cama dizendo “não, não,
eu realmente amo você, foi leviandade minha”. E aí o amor dói, o amor dilacera.
E, então, as pessoas... Pessoas que nunca se encontraram de repente dizem “eu
te amo” como se fosse uma palavra como “pão” ou “ar”. Mas, não, acho que o
termo está sendo usado de um jeito vago aí. Acho que é preciso conhecer alguém
por mais de dez minutos antes de amar a pessoa, na maioria das vezes. O amor é um dos fenômenos vivenciados pelos humanos na Terra primeiro, e
que depois se espalhou por toda a criação. Alguns seres angélicos vêm pra cá só
para vivenciarem o amor, como se fosse o Circo do Amor: “Queremos descer e ver
como é essa coisa chamada amor.” E as músicas falam de quê? De amor. Amor.
Quantas canções falam de manteiga de amendoim? Não muitas. Escrevem sobre o
amor. Quantas canções falam de descobertas científicas? Umas dez. Mas o
restante é tudo sobre o amor no planeta.
Não tenho falado de amor, e podem dizer que sou meio alheio a ele. Talvez. Não
sei se podem dizer isso, detectar isso quando falo de amor... é só porque ele
ficou muito gasto, foi manipulado, comercializado, entendido erroneamente e se
tornou prejudicial de muitas maneiras.
Vocês passaram por muitas experiências com o amor. E grande parte de vocês, a
maioria, na última existência... muitos de vocês ficaram sozinhos e disseram:
“Chega de amor. Cansei disso.” Chega de relacionamentos e companhias. Chega de
se apaixonar perdidamente como faziam antes, quando perdiam todo o senso de
sentido e de Eu, quando se apaixonavam perdidamente por outro alguém. Isso
serviu a um propósito. Vocês aprenderam muito, e vocês tinham que vivenciar o
amor. Então, muitos de vocês, em sua última existência, ficaram por conta própria,
sozinhos, afastados de outras pessoas e distantes do amor. Vocês precisavam
desse tempo sozinhos sem a intromissão de um relacionamento de amor. Sim, eu
disse “intromissão", porque pode ser isso. E, então, vocês vieram pra esta
existência, vejam bem, com todo o saber do mundo de por
que vocês estavam aqui. Todo o saber do que se tratava esta existência. Quero
dizer, não com detalhes, mas em termos do que vocês fariam aqui – a Realização
e, no final, permanecer como Mestres encarnados. E, ao longo do
caminho, muitos de vocês tentaram voltar a ter relacionamentos que não
funcionaram. Muitos tentaram, trabalharam anos ou décadas a fio num
relacionamento, em toda essa coisa de unidade familiar e amor, e não
funcionou. E muitos de vocês
ainda estão tristes hoje com relação a... quando conversamos tarde da noite e
vocês dizem: “Mas, Adamus, eu queria uma pessoa ao meu lado, um amor nesta
vida, e nunca encontrei um. Essa é realmente a única coisa com relação à minha
vida que nunca me trouxe satisfação, um amor, uma alma gêmea.”
O amor é uma coisa bela – o amor do qual estou falando; não o amor do humano típico. O amor é uma coisa bela. Quando vocês podem conviver abertamente com outra pessoa, compartilhando o corpo, compartilhando os pensamentos mais íntimos, compartilhando histórias da sua jornada, compartilhando risos, compartilhando uma ida ao cinema ou um passeio longo de carro, quando não há nada a esconder, quando não há nada que faça vocês se segurarem, isso é amor. Se estiverem numa situação em que precisam se segurar, em que têm que esconder alguma coisa, criar passagens secretas em sua psique e em seu espírito, quando há ciúmes, quando há acusações e todo o resto, isso não é amor. Não é amor. É um relacionamento, mas não é o amor do qual estou falando.
Então, ao longo do caminho, os humanos descobriram o amor e o vivenciaram profundamente, e vivenciaram o lado escuro dele e o lado belo. E, não, eu não sou contra o amor de jeito nenhum. Sou contra o uso inapropriado do termo “amor”. Ah, o amor. E, claro, o maior amor de todos e o mais esquivo é o amor por si mesmos. Chegou a hora, queridos Shaumbra, queridos Mestres. Chegou a hora de amarem a si mesmos sem makyo. Não do jeito antigo: “Ah, eu me amo, eu me amo.” Mas, então, não, realmente não amam. Amar verdadeiramente a si mesmos. Vou passar a falar mais sobre isso e, às vezes, serei bastante crítico sobre o que vou chamar de “velho estilo de amor” ou de "porcaria de amor". Vou passar a falar da importância agora de terem amado outros, mas de que agora é para amarem a si mesmos. E é difícil, porque, por mais longe que tenham chegado e por mais conscientes que estejam, ainda é difícil por enquanto amarem a si mesmos. E lembrem-se do que eu disse sobre ter alguém. O verdadeiro amor é quando não há necessidade de se segurarem, não há segredos, não há lugares nem passagens secretas, não há ciúmes. Ele é aberto e confiável. Assim é o verdadeiro amor. Quando vocês não estão ligados um no outro até que a morte os separe. Isso não é amor. Isso é religião!
O amor verdadeiro nunca faz vocês se prenderem a nada nem a ninguém. Não há
necessidade de se prenderem, se agarrarem, se amarrarem a nada nem a ninguém,
porque isso não é amor. Amor é aquela confiança profunda em si mesmos e nos
outros. Mas, agora, vamos falar mais sobre amar a si próprio – amar a si próprio
– e essa é verdadeiramente uma das coisas mais difíceis e desafiadoras de
todas. É bem mais fácil amar outra pessoa. É bem mais fácil projetar o amor,
dar o amor do que recebê-lo, seja de outros, mas acima de tudo de si mesmos.
Principalmente, de si mesmos. Chegou a hora de falarmos de amor de um jeito que vocês talvez nunca tenham
ouvido. Faremos alguns encontros especiais, encontros de amor, mas quero falar
sobre isso agora. Essa é a próxima esquina que vamos dobrar ou o próximo ponto
de separação, como queiram chamar – amar a si mesmos. Aproveitem agora para imaginar a possibilidade de se amarem incondicionalmente.
Vocês vieram pra cá, para o planeta, sem saber nada sobre o amor. Então, vocês
o descobriram e se apaixonaram. Então, fizeram sexo e, depois, tiveram muitos
outros relacionamentos de amor. E aí o amor azedou, assim o leite azeda. Mas,
através dele, mesmo nessa hora, vocês aprenderam o que não era o amor, para que
pudessem, no final, estar bem aqui, agora, amando a si mesmos.
O tipo de amor sobre o qual vou falar não tem nenhum makyo. E, se vocês
começarem com isso, seu dragão vai chegar e morder vocês bem lá no biscoito do
amor. Ele não vai permitir esse tipo de amor açucarado, de algodão doce. Estou
falando de realmente amarem a si mesmos. Soa muito bom, não soa? Mas, ainda
assim, é muito difícil. É muito difícil mesmo.
Vamos respirar fundo juntos agora, enquanto damos o próximo passo com os
Shaumbra. E vou voltar ao Clube dos Mestres Ascensos e falar para aqueles
filhos da mãe uma coisa ou duas, para aqueles que estavam dizendo como era
fácil para vocês. E eu vou dizer:
“Estamos trabalhando numa coisa agora." Ou melhor dizendo: “Estamos
permitindo agora o verdadeiro amor do Eu.” Não esse amor corriqueiro, de sair
por aí "amando o mundo", coisa que não acontece mesmo. Amar a Si
Próprio e cumprir o motivo pelo qual vieram para o planeta, porque,
verdadeiramente, entender a energia e a consciência, o modo como trabalham
juntas, é também entender como amar a si mesmos.
Amar a si mesmos, significa se aceitar totalmente, em tudo. Tudo! Vamos respirar bem fundo com isso. Ah! Que café delicioso!
Certo, seguindo. Próxima coisa da nossa parada de sucessos. Hum... Ah, quero ficar com o sentimento do amor um instante. Vamos fazer isso – ter
amor próprio – e deixar que ele venha para sua consciência neste momento.
Vieram pra este planeta pra aprender sobre consciência e energia, mas o que
encontraram? Amor... pelo outro. E depois passaram por todas as experiências
nesse sentido. Amar o outro, o lado bom e o ruim, e, depois, por um tempo, meio
que parecia não haver mais nenhum. Parecia que o amor tinha sumido da sua vida.
E então chegou a hora de amarem a si mesmos. Não existem muitos no planeta agora, ou que já estiveram aqui, que tenham
verdadeiramente amado a si mesmos. Não muitos. Vamos fazer isso, não juntos,
mas vamos fazer meio que simultaneamente.
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