terça-feira, 1 de julho de 2014

Dríades



   Julho também é um mês com forte presença mágica, a começar por ser o sétimo do ano, e ter o primeiro dia dedicado as Dríades  
   A palavra Dríade/Dríada, outrora foi usada para identificar as ninfas das florestas, e na mitologia grega era uma ninfa específica, a dos grandes carvalhos - dríades (= drys, 'carvalho' em grego, da raiz proto-indo-européia, derew(o), 'árvore' ou 'madeira'). E as demais, que habitavam outras árvores e afins eram chamadas de Hamadríade – estas eram humanas da cintura para cima, e da cintura para baixo, seu corpo fundia-se com o da árvore, na qual vivia; fazendo parte de suas raízes até a morte da árvore quando elas, também morriam. Essas árvores cresciam sempre em lugares remotos, onde raramente, os humanos pudessem encontrá-las.
   De posse de tal conhecimento poderíamos ousar dizer, que a Dríade foi um passo na evolução desses seres, porque ao contrário de suas irmãs Hamadríades - ligadas as sua árvores de origem, as Dríades têm trânsito livre dentro das florestas. Ainda de acordo com uma antiga lenda, cada Dríade nascia junto com uma determinada árvore, da qual ela exalava, e continuava a viver na árvore ou próxima a ela. Porém, do corte ou morte natural da árvore, este ser também morria. Por isso, os deuses freqüentemente puniam quem destruía uma árvore ou para proteger suas árvores, as próprias dríades costumam amedrontar os lenhadores transformando-se em monstros e outros animais assustadores, daí antigamente, as pessoas pensavam que algumas florestas eram assombradas... Por outro lado, quando uma pessoa planta, cuida e respeita uma árvore; ganha para sempre a amizade da Dríade que nasce com ela. Assim, imbuídos de muito respeito e para não contrariar essas criaturas, os gregos e os romanos cuidavam bem de suas florestas, de tudo que as envolvia como: riachos e grutas, etc. Essas ninfas  da foresta eram as companheiras de Fauno e Pã, os quais  se preciso fosse; instigavam pânico e horror a qualquer intruso. Tanto isso é verdade que a palavra hoje usual 'pânico' vem da natural habilidade desses seres.

    Para quem tem olhos as Dríades se apresentavam jovens e bonitas; com o corpo de árvore, cabelos de folhas verdes, olhos dourados e seios volumosos; elas eram constantemente cortejadas pelo (nada bobo) deus Apolo. Donas de uma voz doce e harmoniosa, como o rufar das folhas adoram a música e a dança. Para que possamos ver uma delas, devemos prestar a maior atenção na natureza e nos fixarmos em cada detalhe, e ao escutarmos um leve murmúrio que parece uma melodiosa voz, por perto há uma Dríade.
    A origem do culto às Dríades vem da Arcádia, mas também era conhecida em toda a região da Céltica. Esse povo acreditava que elas fossem espíritos que habitavam as árvores, em especial aquelas muito antigas como os carvalhos. Os Druidas as contatavam para obter inspiração, alguns diziam ter o 'sangue' de Dríades correndo em suas próprias veias, enquanto outros pareciam se transmutar nelas próprias. Muito sábios, os Druidas também faziam uso em muitos encantamentos, das bolotas de carvalho, conhecidas como 'Ovos de Serpente' em épocas remotas. E da tradição Celta para homenagear esses 'espíritos das árvores', conhecidas como Dríades, que emprestavam seus poderes aos Druidas há um simples e eficaz ritual, usal também, para conseguir seus favores - basta fazer-lhes uma pequena festa!
Ritual as Dríades

   Vá a um lugar verde, (onde exista ao menos uma árvore), vista alguma roupa verde e faça uma ‘espécie de piquenique’; levando na cesta: bolo, pão e vinho licoroso acompanhado de música alegre. Antes de comer, visualize à sua volta, as convidadas especiais - as Dríades e dance alegremente com Elas. Ofereça-lhes os alimentos e coma também. A parte destinada a Elas deixe ao pé da árvore. Depois se despeça 'das amigas', com um longo e caloroso abraço na árvore.


 
 

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