Os Ibejis/Erês indicam a contradição, os opostos que se completam. São associados aos gêmeos Taiwo (o primeiro que sentiu o gosto da vida) e Kainde (o que demorou a sair), seus pais são Xangô e Oxum. Doum, por sua vez, é a terceira criança, deriva do Iorubá Idowu, nome atribuído ao filho que nasce depois dos gêmeos Cosme e Damião. São os Orixás protetores das crianças, responsáveis pela infância e hora do parto. Eles foram sincretizados a São Cosme e São Damião e são conhecidos na Umbanda como os Orixás do amor e da alegria.
Segundo a lenda, os gêmeos nascidos na Arábia com os nomes de Acta e Passio odiavam dinheiro e faziam consultas gratuitas. Perseguidos pelo rei Deocleciano, tentaram várias vezes acabar com suas vidas. Na primeira, foram amarrados e jogados de um despenhadeiro, pois o chamavam de feiticeiros, mas foram salvos pelos Anjos. Na segunda, tentaram afogá-los e nada, os Anjos agiram mais uma vez. Na terceira vez, tentaram apedrejá-los, mas as pedras voltaram para quem havia atirado. Por fim, foram afogados. Eles morreram em Roma no ano de 303.
Cosme e Damião curavam os outros usando unguentos feitos de folhas de palmeiras. Mulheres ditas estéreis engravidavam e davam o nome a este óleo de “Óleo Santo de Cosme e Damião”. Por isso, Eles são considerados padroeiros dos médicos, cirurgiões, barbeiros; e protetores dos gêmeos, das crianças. Nas tradições africanas, eles sempre estão acompanhados de um menino de sete anos chamado Doum ou Idomu e ajudam a todos que dão doces e guloseimas a eles.
Veja abaixo mais algumas características dos Ibejis, na Umbanda.
- Dia da semana: Domingo
- Bebida: água de coco e refrigerante guaraná
- Chakras: laríngeo
- Cores: azul, rosa e branco
- Comidas: doce e frutas
- Corpo: alergias, angina, problemas nariz
- Elemento: fogo
- Ervas: alecrim, jasmim e rosa
- Essência: de frutas
- Flor: margarida
- Metal: estanho
- Pedra: Quartzo Rosa
- Planeta: Mercúrio
- Locais na natureza: jardins e praias
- Signo: Gêmeos
- Sincretismo: Cosme e Damião
- Quizilas: assovio e morte(*).
(*) Os Ibejis adoravam brincar, bater o tambor mágico, um presente de Iemanjá, a mãe adotiva deles. Nesta época, Icu, a morte, vivia montando armadilhas por todos os lados para matar a todos. Os Ibejis resolveram derrotá-la e foram atrás dela tocando o tambor. Primeiro, a morte amou a música e os poupou. Porém, a morte não parava de dançar achando que era apenas um e não dois irmãos idênticos. Dançou, dançou, dançou e cansou e, esgotada, implorou para que parasse, dando em troca o desarme das armadilhas. Assim, os Ibejis venceram a morte.
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