Por Camila Negreiro
As pessoas são um
fascinante conglomerado de atitudes, crenças, desejos e aspirações.
Compreender por que nos apaixonamos por um homem ou uma mulher e não por outros
é um desafio que chamou a atenção dos psicólogos durante muito tempo. As
emoções se arraigam em nosso cérebro de uma maneira difícil de compreender, mas
são elas que entram de um modo implícito e quase mágico em nós mesmos, em nossa
personalidade e em nossos desejos.
A atração se baseia, às vezes, em necessidades das quais não somos
conscientes; em aspirações e desejos que, de cara, parecem definidos em um tipo
de pessoa e não em outra.
Vamos ver mais
detalhadamente…
O cérebro
apaixonado
Ao questionarmos
esses processos que acontecem em nosso cérebro quando estamos apaixonados, a
magia perde um pouco do seu encanto para se deslocar para um mundo mais frio,
onde nos vemos determinados pela química, por uma mistura maravilhosa de
neurotransmissores capazes de nos causar a sensação tão conhecida de “estar nas
nuvens”. A endorfina, encefalina e feniletilanina são as responsáveis pela
nossa euforia e felicidade; são elas que nos dão uma injeção de emoções
positivas. No entanto, o que ativa esses processos, que faz com que nosso
cérebro se fixe em um tipo de pessoa e não em outra?
1ª Teoria:
Semelhança familiar - Às vezes, somos
atraídos por pessoas com quem nos sentimos bem porque nos lembram, em algum
aspecto, nossos progenitores. Isso nos traz segurança e confiança. Sentimos
atração porque nos são familiares, e estar com essas pessoas nos dá uma sensação
de afinidade agradável.
2ª Teoria:
Correspondência - Outra teoria é a
de correspondência, segundo os cientistas. Na hora de nos apaixonados; pesa muito o fato de compartilhar
experiências similares e ter passado pelas mesmas coisas, ter gostos e valores
semelhantes. É um bom modo de escolher um companheiro(a) para a nossa vida
em todos esses aspectos, que torna nossa existência mais fácil e apaixonante. É
outro tipo de afinidade muito enriquecedora.
3ª Teoria:
Admiração - Às vezes, a
admiração por alguém se traduz em amor. É essa pessoa que nos serve de espelho
e nos mostra virtudes, aspirações ou dimensões que sempre desejamos para nós
mas que, por algum motivo, não conseguimos. É aqui, por exemplo, que aparecem
as atrações pelas pessoas que são muito diferentes de nós: às vezes somos atraídos por pessoas
seguras de si, extrovertidas e empreendedoras, enquanto nós somos mais
inseguros e um pouco tímidos. Os opostos se atraem porque, no fundo, se
complementam e preenchem as necessidades de cada um.
4ª Teoria:
Questão de química e glândulas - Muitos estudos
assumem a importância dos chamados feromônios. São substâncias
secretadas por algumas glândulas presentes nos lábios, nas axilas e no pescoço,
graças a um órgão chamado vomeronasal, independente do sentido do olfato. É um
odor que cria sensações, algo único em cada pessoa e que, de alguma forma,
também nos determina.
Essas são as
teorias mais habituais que são estabelecidas na hora de falar da paixão e de
explicar por que nos apaixonamos por um determinado tipo de pessoa e não por
outro. Se são as pessoas certas ou não, isso o tempo nos dirá e nós mesmos
vamos perceber, quando essa fase cega da paixão perder a sua intensidade, suas
nuvens… Fazendo com que enxerguemos a realidade.
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