sábado, 4 de julho de 2015

Mais que uma Espada: Excalibur




    Desde a sua introdução à literatura ocidental no século XIII, até hoje, a Lenda do Rei Arthur continua a povoar a mente de muitos adultos e crianças. E mesmo com a incerteza da existência do rei Arthur, isso não impediu que sua popularidade se espalhasse, o que acabou por tornar sua história atemporal, por isso ela continua a influenciar a literatura, artes cênicas, cinema e a mitologia. As principais razões pelas quais ela exerce fascíno a tantas gerações são seus itens infalíveis como: a busca de relíquias preciosas e sagradas, a manutenção do cavaleiro virtuoso e claro, o romance. 
  Assim, a Lenda do Rei Arthur teve seu auge no século VII, onde sob seu governo, Arthur rechaçou ataques de tribos anglo-saxões no norte da Grã-Bretanha e também estabeleceu a sua corte, através de campanhas de sucesso na Irlanda, Gália e as ilhas distantes.Muitas vezes, ele também enfrentou e venceu gigantes, monstros, espíritos malignos, etc. que ousaram invadir seu reino, ou desafiar o seu reinado. Na Idade em que a 'espada era a lei', o poder digamos, sobrenatural do rei Arthur era atribuído à sua espada - Excalibur (*), aquela encantada na pedra. 

   De acordo com a história, Excalibur teve como antecessor, o rei Uther Pendragon, pai de Arthur. E este a mergulhou em um bloco de rocha por magia, e antes de seu último suspiro; fez um juramento de que, apenas o verdadeiro e legítimo rei poderia arrancá-la de lá. Anos se passaram até que o púbere Arthur, por artimanhas de seu destino traçado desde a sua concepção; pudesse retirar a espada, e com isso trazer de volta a luz ao reino e ao trono. Mais tarde seu próprio filho, Mordred iria matá-lo na última batalha com ela -talvez a única arma com poder para isso. 

    Em algumas narrativas, Excalibur é citada como tendo único propósito, o de revelar o rei da Grã-Bretanha. Já em outro momento quando a espada foi usada de modo indevido e sofre uma quebra, ela é refeita pela Dama do Lago que agrega-lhe mais poderes míticos; sendo um deles seu poder de cegar os inimigos emanando uma luz resplandecente - o que ajudou o rei Arthur a derrotar mil cavaleiros em uma batalha, e manteve o reino longe de ataques estrangeiros e ruína.

   Mas como seria uma espada de tal poder, se na lenda não a uma real descrição da mesma? Em uma interpretação moderna acredita-se ser Excalibur, uma espada celta, de cerca de um metro de comprimento que tem um punho intensamente forjado, e preenchido com um corpo contorcido de um dragão enrolado em volta - representação da insígnia da linhagem do clã Pendragon, além de apresentar um pomo em forma de moeda e uma cabo banhado a ouro.

(*) Sobre a origem do seu nome, uma das mais aceitas é que vem do latim:Calce Liberatus (= liberada da pedra) ou de chalybs (= aço) derivando para Caliburn. Em antiga narração galesa aparece como Culhwch and Olwen que deriva do gaélico Caladbolg (= espada reluzente). Aceita-se que o nome foi dado pelo poeta anglo-normando Wace .

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