Luiz Melodia morreu na manhã desta sexta-feira (4) aos 66 anos. O cantor, compositor e ator vinha
lutando contra um câncer de medula óssea; internado desde março passado, após
a realização de um transplante, viu seu estado de saúde agravar-se, não
resistindo ao procedimento de quimioterapia.
Nascido no Morro do
São Carlos, no Estácio, Rio de Janeiro, a 7 de janeiro de 1951; Melodia cresceu
na favela, jogando futebol na rua e dançando nas rodas com os músicos da escola
de samba Estácio Sá, por isso, e graças ao seu Oswaldo, seu pai teve desde cedo
contato com a música.
Em 1972, os amigos
poetas Wally Salomão e Torquato Neto levaram uma composição sua a Gal Costa.
Ela adorou e gravou-a: Pérola Negra. Depois, foi a vez de Maria Bethânia
interpretar Estácio Holly Estácio; daí, o músico viu sua carreira decolar, deixou
de lado seu nome, Luiz Carlos dos Santos, e passou a se chamar de Luiz Melodia.
O artista era
conhecido como uma das grandes vozes da música brasileira, e tinha mais de 15
discos em seu nome, além de ser o autor de músicas que se tornaram ícones, tais como: Codinome Beija-Flor (na voz de Cazuza), Juventude Transviada e Ébano. Em 2014,
depois de um hiato de 13 anos na
carreira, Luiz Melodia lançou Zerima,
o seu último disco, com o qual ganhou o Prémio Música Popular Brasileira na
categoria - Melhor Cantor.
Estácio, Holly Estácio
(Luiz Melodia)
Se alguém quer
matar-me de amor
Que me mate no
Estácio
Bem no compasso, bem
junto ao passo
Do passista da
escola de samba
Do Largo do Estácio
O Estácio acalma o
sentido dos erros que eu faço
Trago, não traço,
faço, não caço
O amor da morena
maldita do Largo do Estácio
Fico manso, amanso a
dor
Holliday é um dia de
paz
Solto o ódio, mato o
amor
Holliday eu já não
penso mais
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