sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Andar de Cima: Luiz Melodia



   Luiz Melodia morreu na manhã desta sexta-feira (4) aos 66 anos. O cantor, compositor e ator vinha lutando contra um câncer de medula óssea; internado desde março passado, após a realização de um transplante, viu seu estado de saúde agravar-se, não resistindo ao procedimento de quimioterapia.

   Nascido no Morro do São Carlos, no Estácio, Rio de Janeiro, a 7 de janeiro de 1951; Melodia cresceu na favela, jogando futebol na rua e dançando nas rodas com os músicos da escola de samba Estácio Sá, por isso, e graças ao seu Oswaldo, seu pai teve desde cedo contato com a música.

   Em 1972, os amigos poetas Wally Salomão e Torquato Neto levaram uma composição sua a Gal Costa. Ela adorou e gravou-a: Pérola Negra. Depois, foi a vez de Maria Bethânia interpretar Estácio Holly Estácio; daí, o músico viu sua carreira decolar, deixou de lado seu nome, Luiz Carlos dos Santos, e passou a se chamar de Luiz Melodia.

   O artista era conhecido como uma das grandes vozes da música brasileira, e tinha mais de 15 discos em seu nome, além de ser o autor de músicas que se tornaram ícones, tais como: Codinome Beija-Flor (na voz de Cazuza), Juventude Transviada e Ébano.  Em 2014, depois  de um hiato de 13 anos na carreira, Luiz Melodia lançou Zerima, o seu último disco, com o qual ganhou o Prémio Música Popular Brasileira na categoria - Melhor Cantor.

Estácio, Holly Estácio
(Luiz Melodia)
Se alguém quer matar-me de amor
Que me mate no Estácio
Bem no compasso, bem junto ao passo
Do passista da escola de samba
Do Largo do Estácio

O Estácio acalma o sentido dos erros que eu faço
Trago, não traço, faço, não caço
O amor da morena maldita do Largo do Estácio

Fico manso, amanso a dor
Holliday é um dia de paz
Solto o ódio, mato o amor

Holliday eu já não penso mais

           

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