Enquanto várias pessoas estão ansiosas com a proximidade das festividades de fim de ano, outras entram na "maré contrária", e passam a sofrer angustiadas, tristes e desmotivadas. Mas o que traz esse sentimento à tona? - Conhecida como depressão de fim de ano - pode ser oriunda de inúmeras causas (pré-existentes, mas até então, em estado latente). Na maioria dos casos ela é passageira, até o começo de janeiro, e pode ter sintomas semelhantes ao da depressão em estágios iniciais como: falta de motivação, oscilações de sono e apetite. Ela é associada a problemas mal resolvidos seja com familiares, financeiros e até ao estresse causado pela correria característica da época. Em todos os casos é preciso ficar atento pois, ela pode ser desencadeadora de outras formas de depressão, que quando mais grave exige o acompanhamento de profissonais especializados como psicólogos, terapeutas e médicos que poderão atuar de forma conjunta na busca de um tratamento eficaz.
Segundo o dr. Drauzio em artigo de sua autoria, a depressão é um tipo de tristeza quando não acaba mais. É uma doença
que ataca tão subrepticiamente, que a maioria dos que sofrem dela nem percebem
que estão doentes. De cada dez pessoas que procuram o médico, pelo menos uma
preenche os requisitos para o diagnóstico de depressão.Do início insidioso, a
depressão evolui continuamente para quadros que variam de intensidade e
duração. Nos casos mais simples, a pessoa pode curar-se por conta própria em
duas a quatro semanas. Passado esse período sem haver melhora, os especialistas
recomendam atenção e tratamento, porque a depressão prolongada pode levar a suicídio
e mortes por causas naturais.Para ajudá-lo a identificar os sintomas da
depressão acompanhe o algoritmo abaixo, retirado da quarta edição do Diagnostic
and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-IV):
1) Durante o último mês,
você esteve frequentemente chateado por se sentir deprimido e desesperançado?
2)
Durante o último mês você esteve frequentemente chateado por sentir falta de
interesse nas atividades?Se a resposta foi não a ambas as perguntas, é pouco
provável que você tenha depressão. Mas, se uma das respostas foi sim, esteja
atento a outros sintomas da doença.O diagnóstico de depressão requer a presença
de cinco ou mais dos seguintes sintomas que incluam obrigatoriamente espírito
deprimido ou anedônia, durante pelo menos duas semanas, provocando distúrbios e
prejuízos na área social, familiar, ocupacional e outros campos da atividade
diária.
1) Estado deprimido: sentir-se deprimido a maior parte do tempo, quase
todos os dias;
2) Anedônia: interesse ou prazer diminuído para realizar a
maioria das atividades;
3) Alteração de peso: perda ou ganho de peso não
intencional;
4) Distúrbio de sono: insônia ou hipersônia praticamente diárias;
5)
Problemas psicomotores: agitação ou apatia psicomotora, quase todos os dias;
6)
Falta de energia: fadiga ou perda de energia, diariamente;
7) Culpa excessiva:
sentimento permanente de culpa e inutilidade;
8) Dificuldade de concentração:
habilidade frequentemente diminuída para pensar ou concentrar-se;
9) Idéias
suicidas: pensamentos recorrentes de suicídio ou morte.De acordo com o número
de itens respondidos afirmativamente, o estado depressivo pode ser classificado
em três grupos:
1) Depressão menor: 2 a 4 sintomas por duas ou mais semanas,
incluindo estado deprimido ou anedônia;
2) Distimia: 3 ou 4 sintomas, incluindo
estado deprimido, durante dois anos, no mínimo;
3) Depressão maior: 5 ou mais
sintomas por duas semanas ou mais, incluindo estado deprimido ou anedônia.
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