sábado, 28 de junho de 2014

Copa 2014: o Mascote



Toypeutes trincictus - taut-bola

   Apesar da grande maioria esperarem como mascote da Copa uma arara foi o tatu, a ‘bola da vez’! O que nada mais justo em se tratando da espécie Tolypeutes tricinctus, conhecida popularmente como tatu-bola, ou seja, teria uma 'pegada' ecológica aliada ao futebol, porém de extremo mau gosto começou pela escolha do nome do boneco: 'Fuleco'... De fácil associação com outros nomes não tão nobres, como fuleiro (= coisa de pouca qualidade), só para constar.
    O tatu-bola é uma espécie de mamífero brasileiro, endêmico das regiões de Caatinga e Cerrado, e que corre sério risco de extinção, como tantos outros animais, pela destruição do habitat e caça. Encontra-se atualmente, na categoria EM PERIGO pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais). E na triste estimativa de alguns pesquisadores, seu tempo de sobrevida na natureza é de apenas 50 anos se nada for feito, inclusive mais pesquisas sobre a espécie em questão.
   Nos poucos locais aos quais se restringe, também é conhecido como bola, bolinha, tranquinha e tatu-bola-do-nordeste; tendo como principal caracteristica a mobilidade do corpo que se fecha de forma circular, como ato de defesa (lembrando o formato de uma bola). Com esta manobra, o animal dificulta a ação de seus predadores; protegendo as partes moles do seu corpo com sua dura carapaça. Tal método é muito eficiente com alguns de seus predadores naturais, mas com relação ao homem fato é; mais fácil a sua captura. Além do quê o tatu-bola não é adaptado à vida subterrânea e nada eficaz em escavação, como outras espécies da família Tolypeutes.
 
   Considerados como os menores tatus brasileiros, os indivíduos machos (maiores que as fêmeas), possuem cerca de 50 cm. No período reprodutivo à corte se dá com vários tatus seguindo uma única fêmea; tornando-os mais vulneráveis ainda. E a fêmea dá à luz, a apenas um filhote por ano. Constam em sua dieta alimentar o consumo de frutos e pequenos insetos, como formigas e cupins.

   Em 'defesa da espécie', recentemente foi aprovado um Plano Nacional de Conservação. Porém, a frustração continua, com relação à entrada de recursos financeiros oriundos de sua divulgação como ‘mascote da Copa’ (que parece ter sido drasticamente reduzido), bem como a ausência do boneco nos estádios, Fan Fest, etc.

   A ONG Associação Caatinga que sobrevive de doações e da venda de produtos (camiseta e bonés) tem como destaque o bicho de pelúcia do tatu-bola que, bem diferente do ‘Fuleco’ da Copa é completamente original, de forma sustentável são feitos por artesãos locais (Fortaleza); mantendo as características do animal - quanto a sua coloração é marrom, com as mesmas dimensões e vira uma bola. A renda obtida com tais produtos é destinada ao projeto de preservação do animal; que pode ser adquirido por R$ 50 pelo site. Outras mobilizações voluntárias vêm ocorrendo por parte do núcleo de ‘eco jornalistas’ do Rio Grande do Sul e da ONG Change.org ao criarem petições na internet para mobilizar as pessoas, na tentativa de ajudar a preservar o simpático tatu-bola, para muito além do período da bola rolando nos gramados brasileiros.
 
O tal 'Fuleco" e o bicho de pelúcia tatu-bola que preserva as reais características
do animal

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