![]() |
Zelão (Irandhir Santos) e a professora Juliana (Bruna Linzmeyer) |
A tempos não se via uma novela digamos diferente, mas na verdade Meu Pedacinho de Chão apesar de fantasiosa, é principalmente, pura, honírica e educativa em vários sentidos... Sobre a sensibilidade masculina - porque homem, também pode chorar por amor. Porém, mesmo com tantas qualidades, que vão da cenografia, vestuário e interpretações, ela é mais uma boa produção a ter menos atenção do público acostumado a mesmice. Com média de 18 pontos no Ibope, num horário onde a emissora espera ter 25, é criticada até pelos habituès da faixa das seis - há os que acham a embalagem colorida e com ar infantil, do sotaque caipira ser carregado demais... É um julgamento previsível para quem pincelar entre uma cena e outra. Só gastando um pouco mais atenção; percebe-se a ironia fina e poética que transborda de seus personagens.
É o que acontece com o apaixonante Zelão, mesmo a partir de uma história tantas vezes contada (do bronco que se apaixona e enobrece), e de um encontro entre mocinho e mocinha não causar o furor de outros tempos... Ele é a expressão de pureza d'alma ao nutrir seu amor pela 'professora Juliana'... Personagem magnífico, complexo que conseguiu através da magestral interpretação do ator Irandhir Santos roubar a cena de todos os 'mocinhos da estória', Nando e Renato.
Recentemente, (capítulo de sexta-feira) Zelão se deu conta da própria ignorância - o que é triste e bonito. Sombrio, sem modos, analfabeto e até grotesco, o capataz sofreu uma auto-transformação vibrante e encantadora; reaparecendo todo garboso.
Sem tentar (mas sendo) emotiva, a novela tem quase todos os dias um momento intenso, pois é o que ela é - à flor da pele, exagerada e rococó.
Nenhum comentário:
Postar um comentário