Monte Saint-Michel

Mont Saint-Michel

   Ao observarmos o mapa da França banhada pelo Atlântico, notaremos a costa ocidental com duas imensas penínsulas: a maior desafiando o oceano imenso – encontra-se recortada em ilhas e pequenas baías que corresponde à Bretanha, e ao norte a menor pertencente à Normandia – lembrando um chifre voltado para a Inglaterra.

Uma baía separa as duas penínsulas, e um rio, o Couesnon, divide os dois grandes ducados históricos. E a seus pés, uma graciosa aldeia e vigorosos bastiões de defesa militar. É o Monte São Miguel — “Le Mont Saint-Michel, merveille d’Occident”, como tão bem soa em francês.

   No fundo dessa baía, circundada por imensos bancos de areia caprichosamente desvelados ou recobertos pelas águas ao sabor das marés, surge aos olhos do viajante –– “como uma coisa sublime, uma pirâmide maravilhosa”, no dizer de Victor Hugo –– a pequena ilha de rochedos encimada por gigantesca abadia, que se eleva em esplendorosa agulha a apontar para o céu. Neste cenário fantástico, o monte impressiona ao emergir das brumas da manhã com sua silhueta imprecisa, ou como esplendoroso monumento em dias límpidos. Assim, foram várias personalidades que o consideravam como uma pirâmide maravilhosa:
Émile Bauman, no monte e nos arredores todas as horas são de beleza: “O céu engrandece as areias e as areias parecem engrandecer o céu”.

• Madame Sévigné escreveu à sua filha, na época de Luís XIV, lembrando como o via de sua janela (ela habitava na região): orgulhoso e altaneiro, cheio de beleza.
• Guy de Maupassant olhava a abadia como um castelo fantástico, a erguer-se escarpada longe da terra, maravilhosa como um palácio de sonho, inverossimilmente estranha e bela.

    Porém, a estátua de S Michael que fica no topo da Abadia sofre enormemente com a ação dos ventos, seu último restauro foi em 1987 (na época a cobertura de ouro praticamente havia desaparecido). Por tal motivo, recentemente (maio/2016) a estátua do arcanjo Michael voltou a ser exposta no alto da abadia após passar por cerca de dois meses e meio de restauro, onde recebeu novo e duplo banho de ouro para evitar a corrosão causada pelo efeito de ventos carregados de areia, além de pequenos ajustes nas asas (estas servem como pára-raios). No total foram gastos 450 mil euros pelo Centro de Monumentos Nacionais - órgão publico francês que administra a abadia.

   Lembrando que o Monte Saint-Michel é um patrimônio mundial tombado pela UNESCO, e recebe entorno de dois a três milhões de visitantes; sendo um dos monumentos mais visitados da França.

    

Saint Michel