Por Vitor Manuel Adrião
O Monte de Saint-Michel é sem dúvida a expressão de um Centro Cósmico no mapa
gnoseológico de França para os estudiosos da Tradição Primordial, os quais
chegam a situar aí a “cabeça” espiritual de França, dispondo o seu “coração” em
Paris, a “cidade-luz”, e o “ventre” em Lyon, a cidade eleita pelos ocultistas
dos últimos três séculos para fundarem e propagarem os seus movimentos e ideias
esotéricas para toda a França, Europa e até o Mundo, como foi o caso da famosa
Maçonaria Egípcia de Cagliostro (século XVIII), iniciada nessa cidade no sul do
país. Fazendo fronteira da Normandia com a Bretanha, na embocadura do rio Couesnon,
no departamento da Mancha, desde muito cedo (século IV-V) esta ilhota rochosa
foi consagrada a Saint-Michel e Notre-Dame Sous-Terra, “debaixo da Terra”,
portanto, subterrânea. Inicialmente habitada por Druidas ou sacerdotes da
religião céltica que chamaram ao local Monte Tombe, da palavra celta tun,
significando “elevação”, mas que depois os eremitas cristãos usando do latim
converteriam em tumba, ou seja, a “tumba ou sepulcro”, contudo prevalecendo até
hoje a raiz do filólogo original celta por que se conhece esta ilha de
Tombelaine ou o Monte Dol, a ver com dólmen, o “jazigo funerário” dos antigos
celtas.
No princípio do século VIII o Arcanjo São Miguel apareceu em sonhos a Aubert, bispo de Avranches, cidade próxima do Monte, e ordenou-lhe que construísse um mosteiro nessa ilhota granítica. Ele assim fez, depois das provas de veracidade que pediu ao Ser divino e este lhe deu, desde tocar com o seu dedo o crânio do religioso incrédulo, significando que lhe transmitiu a iluminação espiritual, até descobrir-se um touro roubado no alto da ilhota, como lhe predissera o Arcanjo, mas que é alegoria de uma nova religião, cristã, substituir a primitiva celta representada no touro “roubado”, animal totémico dessa primitiva sociedade agrária. Após, em 16 de Outubro de 708 consagrou ao Arcanjo de Deus o recém fundado mosteiro beneditino no Monte da sua evocação, originalmente chamado “Monte Saint-Michel em perigo do mar” (Mons Sancti Michaeli in periculo mari), epíteto dando a entender que seria sobretudo evocado por alguma confraria piscatória local.
Esse mosteiro recebeu reformas românicas nos séculos XI-XII e em sua volta nasceu uma pequena cidade fortificada, a que se dá o nome convencional de “bastide”, e no século XIII recebeu a influência magnífica do gótico a ponto de até ao presente chamar-se a esta construção de a “Maravilha”.
No princípio do século VIII o Arcanjo São Miguel apareceu em sonhos a Aubert, bispo de Avranches, cidade próxima do Monte, e ordenou-lhe que construísse um mosteiro nessa ilhota granítica. Ele assim fez, depois das provas de veracidade que pediu ao Ser divino e este lhe deu, desde tocar com o seu dedo o crânio do religioso incrédulo, significando que lhe transmitiu a iluminação espiritual, até descobrir-se um touro roubado no alto da ilhota, como lhe predissera o Arcanjo, mas que é alegoria de uma nova religião, cristã, substituir a primitiva celta representada no touro “roubado”, animal totémico dessa primitiva sociedade agrária. Após, em 16 de Outubro de 708 consagrou ao Arcanjo de Deus o recém fundado mosteiro beneditino no Monte da sua evocação, originalmente chamado “Monte Saint-Michel em perigo do mar” (Mons Sancti Michaeli in periculo mari), epíteto dando a entender que seria sobretudo evocado por alguma confraria piscatória local.
Esse mosteiro recebeu reformas românicas nos séculos XI-XII e em sua volta nasceu uma pequena cidade fortificada, a que se dá o nome convencional de “bastide”, e no século XIII recebeu a influência magnífica do gótico a ponto de até ao presente chamar-se a esta construção de a “Maravilha”.
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