quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Livros, antes Proibidos




   O que é certo e o que é errado? E há quem acredite que tudo o que é proibido é mais gostoso... E no meio literário a coisa não é diferente, por isso muitos livros foram censurados em sua época por serem considerados até então, de má influência. Alguns títulos foram retirados das livrarias ou banidos das escolas, mas que depois viraram leitura indicada e muitos deles, com direito a "versão hollywoodiana'.
   Assim, como forma de assegurar a liberdade de escolha, nos EUA, a Associação Americana de Bibliotecas incentiva os jovens a lerem livros que outrora foram considerados indignos. Veja alguns dos títulos proibidos em determinado momento, e que são leituras indicadas para a formação de qualquer leitor.
Alice no País das Maravilhas – Desde a publicação em 1865, os personagens absurdos e adoráveis do autor britânico Lewis Carroll; estão no imaginário das crianças e adultos de todo o mundo, com a possível exceção da China. Lá, o livro do matemático que narra os encontros e diálogos da protagonista Alice com o coelho apressado, o gato de Cheshire, a lagarta fumante,... foi banido por dar aos animais as mesmas qualidades que os homens e colocá-los no mesmo nível.
Admirável Mundo Novo – Aldous Huxley lançou, em 1932, uma ficção científica passada em um hipotético futuro onde as pessoas têm seus destinos definidos biologicamente, onde não há o conceito de família e o sexo é algo amplamente encorajado. Tal sinopse não agradaou alguns pais dos EUA, que fizeram o livro ser banido de bibliotecas municipais por 'dar a impressão de que o sexo promíscuo é legal'.
A Revolução dos Bichos – O escritor britânico George Orwell mostrou a sua decepção com a antiga União Soviética de forma cômica neste livro de1945. Alguns anos depois, a obra do autor foi banida das bibliotecas nos anos 60 e voltou a ser protestada em 1980, sob a acusação de ser pró-comunista. Em 2002, o livro foi retirado das escolas dos Emirados Árabes sob a acusação de conter elementos que vão contra os valores islâmicos e árabes.

O Diário de Anne Frank – Uma menina judia de 13 anos relata seu cotidiano, suas dúvidas e descobertas adolescentes em um diário, enquanto tenta escapar, com a família e amigos, da perseguição nazista em Amsterdã, na Holanda. O documento é das maneiras mais sensíveis e autênticas de retratar o sofrimento dos judeus perseguidos pelo Holocausto. Lançado pelo pai de Anne, Otto,- o único da família que escapou dos campos de concentração em 1947, o livro está entre os livros protestados nos EUA por tratar de temas como sexualidade e homossexualidade.

1984 – Mais uma vez, George Orwell parece ser um 'mestre do errado' para ser proibido. O romance mais famoso do autor lançado em 1948; foi retirado das livrarias nos EUA por ser considerado pró-comunismo, e na Rússia comunista, o livro foi visto como uma obra anti-regime vigente. Para o resto do mundo, G. Orwell foi considerado um gênio ao mostrar um mundo distópico em que os cidadãos eram amplamente vigiados por seu governador.
O Apanhador no Campo de Centeio – Este clássico de J. D. Salinger foi lançado em 1951 e se tornou o queridinho dos adolescentes. A história de Holden Caulfield, o garoto rebelde que foge do colégio interno para passar alguns dias fazendo o que bem entende em N.Y., só não agradou tanto aos pais, e logo se tornou alvo de protestos com alegações de uma linguagem chula, prostituição e, supostamente, incitar a rebeldia. Algumas bibliotecas do interior dos EUA tiveram que retirar as cópias de suas prateleiras. Depois, se tornou leitura obrigatória e transformou o recluso autor (desde o sucesso do livro se escondido do público - até sua morte, em janeiro de 2012) em uma verdadeira lenda. 

Fahrenheit 451 – Em 1953, Ray Bradbury publicou o romance narrando uma sociedade em que um governo totalitário mandava queimar todos os livros do mundo. Pois, esse foi o destino de muitos exemplares da obra. Desde o seu lançamento até hoje, o título figura na lista de livros banidos em algumas bibliotecas do mundo; por fazer referência ao consumo de drogas e violência.
Lolita – Em 1955, o russo Vladimir Nabokov não teve medo de ousar com este livro que conta a história de um professor que se apaixona pela enteada, de 12 anos. Na época, esta obra foi considerada obscena em países como a França, Inglaterra, Argentina e Nova Zelândia. Depois ganhou duas adaptações cinematográficas. Em 1962, dirigida por Stanley Kubrick e a de 1997 dirigida por Adrian Lyne, com Jeremy Irons iterpretando o professor.

Lorax – Lançada em1971, a história infantil foi censurada em uma cidade na Califórnia por dar uma visão negativa sobre o desmatamento e isto não estaria de acordo com os interesses dos empresários do estado, o principal dos EUA na indústria madeireira.
Harry Potter – A série de livros publicados um por ano a partir de 1997; foi o maior fenômeno moderno da literatura entre os adolescentes, e até adultos. No total, os sete títulos de J.K. Rowling venderam 400 milhões de exemplares no mundo todo. Mas não é unanimidade a afeição pelo mundo mágico criado por Rowling... Nos Emirados Árabes Unidos, a coleção foi censurada por 'incentivar a bruxaria'. Já no ocidente, a história foi alvo de protestos de líderes religiosos no Brasil e nos EUA, entrou na lista das obras que receberam vetos. Por lá, escolas mais conservadoras baniram a leitura dos livros em seus domínios. Mas o sucesso foi inabalável; resultando em oito filmes campeões de bilheteria e arrecadação.

As Vantagens de Ser Invisível – De 1999, a obra do autor americano Stephen Chbosky, de 42 anos, por tratar abertamente de temas como drogas e sexualidade, ele está há cinco anos consecutivos na lista de livros que foram banidos ou protestados em bibliotecas americanas. Porém, o título se tornou um best-seller marcando a geração do fim dos anos 90 e ganhou, no passado ano, um filme com Emma Watson em seu elenco.
Gossip Girl – Vai Sonhando – Cecily Von Ziegesar fez sucesso ao contar em volumes lançados a partir de 2002 a rotina dos adolescente ricos e glamurosos de N.Y. No entanto, o nono volume da coleção não foi considerado uma obra voltada para o público jovem. Alguns pais pediram para o título ser banido das bibliotecas por fazer referências a elementos como drogas e álcool, que, segundo eles, são coisa de adulto.

Crepúsculo – A história de amor entre a mortal Bella e o vampiro Edward não escapou do julgamento de pais americanos mais tradicionais. A série de livros de Stephanie Meyers, lançada a partir de 2005, está na quinta posição do relatório anual de livros proibidos nos EUA. Os romances da autora causam desconforto por, supostamente, terem apelo sexual forte e por tratarem de assuntos sobrenaturais.
Jogos Vorazes – Lançados a partir de 2008, os best-sellers de Suzanne Collins estão entre os desafetos de pais mais tradicionais dos EUA. A trilogia foi alvo de muitos protestos por conter elementos como violência, insensibilidade e linguagem ofensiva. Seja como for, as adaptações para o cinema, e estrelada por Jennifer Lawrence foram um sucesso.

Caçadas de Pedrinho – Das obras nacionais, o Sítio do Pica-Pau Amarelo de Monteiro Lobato, sempre foi amplamente usada nas escola para despertar o interesse dos alunos pela leitura, pelo folclore e a história do Brasil. No entanto, no ano passado o Conselho Nacional de Educação tentou boicotar o livro 'Caçadas de Pedrinho', de 1933; por ter passagens racistas. O processo ainda não deu em nada, mas alguns professores não desistiram de censurar esta e outras obras do autor.

 
 

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