Por Carmen K'ardana
(baseado na Tradição Naví)
E
chegou Ululu… Período regido por Siduri, a deusa dos mistérios femininos.
SH’LAMA SIDURI! SH’LAMA ULULU.
SH’LAMA SIDURI! SH’LAMA ULULU.
E
que a bênção de Siduri esteja sobre todos nós!
AS ENERGIAS DE ULULU
Uma
das imagens relativas a Ululu é o retorno de Siduri, conhecida pelo nome de “A
Virgem”. Segundo a tradição, ao longo de todo o ano, a força de Siduri está
guardada nas fendas e nas cavernas da terra.Só no mês de Ululu é que ela sai
para nos ensinar (inspirar) sobre os mistérios do Sagrado Feminino.
Por
isso mesmo é que no dia primeiro de Ululu retiramos a pedra oculta de Siduri
que fica guardada na aruana ( fenda que contém o pergaminho do k’tawa Yihawehá)
e colcamos à mostra para emanar seus mistérios.
SABEDORIA
DE SIDURI
Siduri
é a deusa dos mistérios femininos. Essa deusa foi de grande importância no
início da história de nossa tradição. Segundo a tradição Mashilma Naví, a deusa
Siduri foi quem instruíu uma dentre as primeiras matriarcas dos tempos da
ruptura.Lavhud´ha (mulher de Hevel e filha de Lilitu) e Awan (mulher de Kaim, filha de
Hawa). Essas foram as primeiras matriarcas devotas de uma deusa, no período pós
ruptura. Lavhud´ha era devota de Innanah e Awan era devota de Siduri.
Também
durante todo esse mês, a cortina da aruana permanece aberta, representando a
abertura para ao cesso aos mistérios espirituais.
Ululu
é um período em que estamos muito mais próximos do G´nat Dania. Devemos nos
utilizar da energia latente deste momento para sermos mais atentos as nossas
escolhas e nossos tropeços.
Que
possamos ao longo deste ciclo reescrever a nossa história, tendo o sagrado ao
nosso lado como nosso aliado. Você tem um mês inteiro para se preparar para
Yumá Truá, o ano novo naví, que é o momento de grandes mudanças.
No
dia primeiro de Ululu, Mushe HaNaví (Moisés) retorna do Monte Sinai (pela
terceira vez) e fica por quarenta dias evocando a presença de Ninhursag – a
deusa da montanha e da sabedoria, guardiã da memória das tradições.
Você
verdadeiramente vive Ululu quando passa a ver a sua vida com outros olhos. É um
mês de correção e de reavaliar seus passos até aqui.
Ululu
é o mês da virgem, Siduri. A deusa que nos guiará ao longo deste mês que
protege as mulheres virgens. O conceito de virgindade na Tradição Mashilma Naví
está relacionada a maternidade. Toda mulher que não tenha tido filho ainda é
considerada virgem nos termos da tradição.
Uma
das questões mais significativas para este mês é a leveza. Livre-se dos excessos.
Um guerreiro leva poucas coisas com ele. Um guerreiro aprende a ser leve,
inclusive em ser emoções.
A
constelação que governa este mês é Betuta (virgem). Qual
é o significado desta força em nossas vidas? Ele
(o mês) trás o papel do feminino dentro da tradição. O lugar da mulher ( na tradição) é
a salvaguarda da verdade essencial. Sem a mulher não há a sobrevivência da
tradição.
Mas
para o homem contemporâneo, o lugar da mulher é igual ao lugar do homem. Na
tradição, entretanto, a mulher possui um lugar fundamental. Sendo fundamental,
para a tradição, a mulher é o fundamento do mundo.
A
virgem representa a força primaveril da natureza, e isso não está ligado a
moral de cunho sexual. A virgem é o feminino sem eu frescor. Virginal
representa os eu frescor fértil. No oposto a essa virgem há a mundana. Uma
premissa “virgem” é uma premissa essencial, já uma premissa mundana traz
elementos repletos de particularidades afetadas.
Mundano
é o sentido público das coisas. O mundano é aquilo que é feito por todos. A
mulher do texto do k’tawa Yihawehá nunca é pública, é sempre singular, é sempre
“virgem”, pois é sempre expressão da verdade.
O
mês da virgem é o mês da purificação sagrada. Mas do que devemos nos purificar?
Devemos eliminar a impureza dos pontos de aglutinação que se estabelecem em
nossas vidas. O aspecto de Siduri sob o nome de “Betuta” (virgem) é a força
espiritual para nos tornarmos puros, isso significa desprovidos de vícios, ou
seja dos pontos de aglutinação.
Essa
é a principal característica deste mês, de Ululu.
Os
pontos de aglutinação são vícios energéticos que estabelecem as grandes e
sistemáticas repetições em nossas vidas. Romper com esses vícios torna-se
possível por intermédio da força espiritual da meditação parik.
ULULU
É UM DOS MOMENTOS MAIS ESPECIAIS AO LONGO DE TODO O ARCO NAVÍ.
A
“betuta”é a virgem, um dos aspectos de Siduri. Em Ululu, a rainha está no
campo, o que significa dizer que a deusa Siduri está mais próxima de nós ao
longo deste mês. Ululu é também um mês de preparação para Yumá Truá, ANO NOVO
NAVÍ, o dia da justiça sagrada, e um tempo para reflexão.
Em
ikle (língua naví derivada do tronco linguístico arama’e), “ululu”significa
introspecção.
Ao
longo deste mês estamos ligados (todos nós) ao sentido de Tuma (clã) de Gad. A
palavra “Gad”, em ikle, significa sustento, sorte. O talento especial de Gad é
organizar as legiões do conjunto dos clãs do deserto. A tribo de Gad era
responsável pela organização estética das tendas e o funcionamento a estrutura
operacional do acampamento e sua rotina.
AS LETRAS DO MÊS:
YOD - Minhas
mãos e o meu compromisso. Me comprometo com aquilo que toco. E construo a partir
desse toque. O toque simbolizando o tato, o cuidado com aquilo que todo, com o
que construo. Se comprometa.
RESH - Minha
narina, minha respiração, minha paz. A paz no sentido de dever cumprido, da
falta de pendências. Pendências são portas abertas, gera o diálogo interno e
acaba com a minha paz. Elimine pendências.
Fonte: Almá - O Informe do Arqueiro ensinamentos transmitidos
por Mario Meir.
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