terça-feira, 2 de setembro de 2014

Setembro:Ululu

 
 
 
(baseado na Tradição Naví)

E chegou Ululu… Período regido por Siduri, a deusa dos mistérios femininos.
SH’LAMA SIDURI! SH’LAMA ULULU.
E que a bênção de Siduri esteja sobre todos nós!
AS ENERGIAS DE ULULU
  Uma das imagens relativas a Ululu é o retorno de Siduri, conhecida pelo nome de “A Virgem”. Segundo a tradição, ao longo de todo o ano, a força de Siduri está guardada nas fendas e nas cavernas da terra.Só no mês de Ululu é que ela sai para nos ensinar (inspirar) sobre os mistérios do Sagrado Feminino.
  Por isso mesmo é que no dia primeiro de Ululu retiramos a pedra oculta de Siduri que fica guardada na aruana ( fenda que contém o pergaminho do k’tawa Yihawehá) e colcamos à mostra para emanar seus mistérios.

SABEDORIA DE SIDURI
   Siduri é a deusa dos mistérios femininos. Essa deusa foi de grande importância no início da história de nossa tradição. Segundo a tradição Mashilma Naví, a deusa Siduri foi quem instruíu uma dentre as primeiras matriarcas dos tempos da ruptura.Lavhud´ha (mulher de Hevel e filha de Lilitu) e Awan (mulher de Kaim, filha de Hawa). Essas foram as primeiras matriarcas devotas de uma deusa, no período pós ruptura. Lavhud´ha era devota de Innanah e Awan era devota de Siduri.
   Também durante todo esse mês, a cortina da aruana permanece aberta, representando a abertura para ao cesso aos mistérios espirituais.
   Ululu é um período em que estamos muito mais próximos do G´nat Dania. Devemos nos utilizar da energia latente deste momento para sermos mais atentos as nossas escolhas e nossos tropeços.
   Que possamos ao longo deste ciclo reescrever a nossa história, tendo o sagrado ao nosso lado como nosso aliado. Você tem um mês inteiro para se preparar para Yumá Truá, o ano novo naví, que é o momento de grandes mudanças.
   No dia primeiro de Ululu, Mushe HaNaví (Moisés) retorna do Monte Sinai (pela terceira vez) e fica por quarenta dias evocando a presença de Ninhursag – a deusa da montanha e da sabedoria, guardiã da memória das tradições.
   Você verdadeiramente vive Ululu quando passa a ver a sua vida com outros olhos. É um mês de correção e de reavaliar seus passos até aqui.
   Ululu é o mês da virgem, Siduri. A deusa que nos guiará ao longo deste mês que protege as mulheres virgens. O conceito de virgindade na Tradição Mashilma Naví está relacionada a maternidade. Toda mulher que não tenha tido filho ainda é considerada virgem nos termos da tradição.
  Uma das questões mais significativas para este mês é a leveza. Livre-se dos excessos. Um guerreiro leva poucas coisas com ele. Um guerreiro aprende a ser leve, inclusive em ser emoções.
   A constelação que governa este mês é Betuta (virgem). Qual é o significado desta força em nossas vidas? Ele (o mês) trás o papel do feminino dentro da tradição. O lugar da mulher ( na tradição) é a salvaguarda da verdade essencial. Sem a mulher não há a sobrevivência da tradição.
   Mas para o homem contemporâneo, o lugar da mulher é igual ao lugar do homem. Na tradição, entretanto, a mulher possui um lugar fundamental. Sendo fundamental, para a tradição, a mulher é o fundamento do mundo.
   A virgem representa a força primaveril da natureza, e isso não está ligado a moral de cunho sexual. A virgem é o feminino sem eu frescor. Virginal representa os eu frescor fértil. No oposto a essa virgem há a mundana. Uma premissa “virgem” é uma premissa essencial, já uma premissa mundana traz elementos repletos de particularidades afetadas.
   Mundano é o sentido público das coisas. O mundano é aquilo que é feito por todos. A mulher do texto do k’tawa Yihawehá nunca é pública, é sempre singular, é sempre “virgem”, pois é sempre expressão da verdade.
   O mês da virgem é o mês da purificação sagrada. Mas do que devemos nos purificar? Devemos eliminar a impureza dos pontos de aglutinação que se estabelecem em nossas vidas. O aspecto de Siduri sob o nome de “Betuta” (virgem) é a força espiritual para nos tornarmos puros, isso significa desprovidos de vícios, ou seja dos pontos de aglutinação.
    Essa é a principal característica deste mês, de Ululu.
    Os pontos de aglutinação são vícios energéticos que estabelecem as grandes e sistemáticas repetições em nossas vidas. Romper com esses vícios torna-se possível por intermédio da força espiritual da meditação parik.
ULULU É UM DOS MOMENTOS MAIS ESPECIAIS AO LONGO DE TODO O ARCO NAVÍ.
    A “betuta”é a virgem, um dos aspectos de Siduri. Em Ululu, a rainha está no campo, o que significa dizer que a deusa Siduri está mais próxima de nós ao longo deste mês. Ululu é também um mês de preparação para Yumá Truá, ANO NOVO NAVÍ, o dia da justiça sagrada, e um tempo para reflexão.
   Em ikle (língua naví derivada do tronco linguístico arama’e), “ululu”significa introspecção.
   Ao longo deste mês estamos ligados (todos nós) ao sentido de Tuma (clã) de Gad. A palavra “Gad”, em ikle, significa sustento, sorte. O talento especial de Gad é organizar as legiões do conjunto dos clãs do deserto. A tribo de Gad era responsável pela organização estética das tendas e o funcionamento a estrutura operacional do acampamento e sua rotina.
AS LETRAS DO MÊS:
YOD - Minhas mãos e o meu compromisso. Me comprometo com aquilo que toco. E construo a partir desse toque. O toque simbolizando o tato, o cuidado com aquilo que todo, com o que construo. Se comprometa.
RESH - Minha narina, minha respiração, minha paz. A paz no sentido de dever cumprido, da falta de pendências. Pendências são portas abertas, gera o diálogo interno e acaba com a minha paz. Elimine pendências.
Fonte: Almá - O Informe do Arqueiro ensinamentos transmitidos por Mario Meir.
 

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