terça-feira, 30 de maio de 2017

Hoje: Joana D'arc



   Joana D’arc nasceu na França medieval, no ano de 1412 e foi uma personagem revolucionária na história francesa, durante a Guerra dos Cem Anos (1337-1453), quando seu país enfrentou a rival Inglaterra.

   A história da vida desta heroína francesa é marcada por fatos trágicos. Quando era criança, presenciou o assassinato de membros de sua família por soldados ingleses que invadiram a vila em que morava. Com 13 anos de idade, começou a ter visões e receber mensagens, que ela dizia ser de Arcanjo Miguel, S. Catarina e S. Margarida. Nestas mensagens, ela era orientada a entrar para o exército francês e ajudar seu reino na guerra contra a Inglaterra. 

   Então, motivada pelas mensagens, cortou o cabelo bem curto, vestiu-se de homem e começou a fazer treinamentos militares. Foi aceita no exército francês, chegando a comandar tropas. Suas vitórias importantes e o reconhecimento que ganhou do rei Carlos VII despertaram a inveja em outros líderes militares da França. Estes começaram a conspirar e diminuíram o apoio de Joana D’arc.

   Em 1430, durante uma batalha em Paris, foi ferida e capturada pelos borgonheses que a venderam para os ingleses. Assim, foi acusada de praticar feitiçaria, em função de suas visões, e condenada a morte na fogueira. Foi queimada viva na cidade de Rouen, no dia 30 de maio do ano de 1431.

   Vinte cinco anos após sua morte, em 1456 foi considerada inocente pelo papa Calisto III e o processo que a condenava foi considerado inválido. Passado quase cinco séculos a igreja católica autorizou sua beatificação no dia 18 de abril de 1909. Em 1920 foi canonizada pelo papa Bento V, nesse mesmo ano tornou-se a santa padroeira da França.

    No plano esóterico ela é vista como mais uma das Irmãs que injustamente foi queimada na fogueira... Por ser mulher, empodeirada e guerreira, também é considerada como a representação de Obá - um Orixá que raramente se manifesta ligado à água, portando vestes vermelhas e brancas, ela é guerreira e pouco feminina, pois usa escudo, espada e uma coroa de cobre.

   Apesar de pouco estudo sobre ela, sabe-se que Obá é filha de Iemanjá e Oxalá. Ela é uma mulher consciente do seu poder, que luta e reivindica os seus direitos, que enfrenta qualquer homem – menos aquele que tomar o seu coração. Ela abraça qualquer causa, mas rende-se a uma paixão. Obá é a mulher que se anula quando ama.

    Em toda a África Obá era cultuada como a grande deusa protetora do poder feminino, por isso também é saudada como Iyá Agbá, e mantém estreitas relações com as Iya Mi. Era uma mulher forte, que comandava as demais e desafiava o poder masculino. É a Grande Rainha da sociedade Elecô, constituída pelas Amazonas de Obá - onde homem não entra. Embora Obá tenha se transformado em um rio, segundo a mitologia, Ela é uma deusa relacionada ao fogo. E apesar de não conhecer a cabeça de homem. É ligada a Oxóssi pela caça e grande arqueira, e a Xangô, através do fogo e da luta pela vida.

   Obá é saudada como o Orixá do ciúme, mas não se pode esquecer que o ciúme é o corolário inevitável do amor, portanto, é um Orixá do amor, das paixões, com todos os dissabores e sofrimentos que o sentimento pode acarretar. Obá tem ciúme porque ama.

   Com isso, o tipo psicológico dos filhos de Obá, constitui o estereotipo da mulher de forte temperamento: combativa, vingativa, terrivelmente possessiva, carente, fiel e sofrida - é mulher de um homem só.

   Lembrando que o lado esquerdo (Osì) sempre esteve relacionado à mulher e, por uma razão muito elementar: é o lado do coração. Quando Obá é saudada como guardiã da esquerda, isso quer dizer que é a guardiã de todas as mulheres, aquela que compreende os sentimentos do coração, pois Obá pensa com o coração, por isso, dança sempre com a mão esquerda apontando para o lado esquerdo na altura da orelha, poder genitor feminino, Assim sendo, como pode uma Deusa ligada a esses sentimentos, pode dedicar-se à guerra? Toda a energia das suas paixões frustradas é canalizada por Ela para a guerra; tornando-se a guerreira mais valente, que nenhum homem ousa enfrentar. É dessa forma que Obá supera a angústia de viver sem ser amada, pois Ela troca um palácio por uma cabana, todas as riquezas do mundo por uma frase: “Eu te amo”.

   Hoje, 30 de Maio dia dedicado à Santa Joana D'arc/Obá para quem está sem amor e/ou enrolado nessa questão - é válido fazer suas mentalizações à Santa/Orixá pedindo paz e abertura nos caminhos amorosos.

Ritual
Ingredientes
1 vela branca comum
1 pires ou prato
2L de água mineral
1 rosa branca (pétalas)
1 galho de alecrim (pequeno)
1 galho de boldo do chile (pequeno)

Execução
Coloque a água para ferver em uma panela, ao entrar em ebulição coloque o galho de alecrim e o de boldo previamente lavados deixe ferver por 1 minuto e desligue o fogo. Acrescente então, as pétalas da rosa branca e abafe. Quando esfriar/amornar coe.antes de seu banho higiênico  acenda a vela sobre o prato (em local seguro) fazendo seus pedidos a Obá. Depois jogue o banho, delicadamente do pescoço para baixo e deixe secar o mais natural possível. Sobras deixe na natureza. Se não puder fazer o ritual no dia 30 de Maio escolha uma quarta-feira que não seja de Lua Minguante, para fazê-lo.


Joana D'arc - Paris, França


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