sábado, 22 de novembro de 2014

Ártemis: a Caçadora dos Bosques



   Hoje o dia é consagrado à Ártemis, deusa grega virgem da Lua, irmã gêmea de Apolo - poderosa caçadora e de inigualável pontaria ao disparar suas flechas; era protetora das cidades, dos animais selvagens e jovens, além das mulheres de qualquer idade. Estas pediam-lhe um parto feliz, já que Ela foi a parteira no nascimento de seu irmão gêmeo, Apolo. E como seu irmão Ártemis também era uma divindade da Luz, no aspecto feminino - a luz da Lua.

   Em tenra idade pediu ao seu pai uma armadura de caçadora, e foi o deus Hefesto o encarregado de forjar junto com a armadura também um arco e flechas de ouro para Ela. Desde então, Ártemis acompanha seu irmão Apolo em diversas incursões. Mais tarde, enquanto seu irmão Apolo voltou para Delfos, Ela preferiu ficar em uma região montanhosa da Arcádia, rica em vida selvagem e com numerosas fontes, onde tomava seu banho reparador após cada caçada. Fazia isso sempre acompanhada de ninfas que desfrutavam de momentos de alegria e divertimento.

   Por questões de princípios, Ártemis mantinha virgem e casta, e decidira que não amaria. Da mesma forma exigia tal sacrifício por parte de suas seguidoras, que caso quebrassem o voto seriam sem dúvida castigadas, mesmo que isso ocorresse de forma involuntária. Calisto ao ser seduzida por Zeus não ficou imune ao seu castigo. Outra questão de honra era a sua privacidade, e jamais perdoava os mortais que invadissem seus domínios. Motivo este, de um de seus codinomes ser Apolussa (a Destruidora) - por seu gosto em oprimir os mortais muitas vezes, liberando sobre eles epidemias ou mortes de forma violenta. Por 'azar' de Actéon, filho do rei Aristeu, durante uma batalha acabou deparando-se com a Deusa e ficou a admirá-la durante o banho. Como castigo ele foi transformado em um veado e devorado pelos cães que acompanham a Deusa. Outro que se deu mau foi Argamenon, rei dos reis  que não exitou em matar um dos veados no bosque sagrado da Deusa e ainda fazer-lhe a afronta  vangloriando-se de sua própria pontaria. De forma punitiva Ártemis não permitiu o soprar dos ventos; impedindo assim que a frota de barcos de Argamenon saísse de Tróia. Para reverter a situação exigiu, a filha dele, Ifigênia como sacrifício. Mas depois em sua infinita bondade, apenas tomou a moça como sacerdotisa poupando-lhe a vida.

   Mas Ártemis não era só ira, assim como seu irmão Apolo, possuía inúmeros atributos. Manifestando-se também, qualidades benéficas, já que dirigia o coro das Musas, proferia oráculos, dava bons conselhos, era curadora de doenças e feridas, protegia as águas termais e as viagens (em terra ou mar) e ainda velava pelos animais domésticos e pelos campos. Por outro lado ela era a deusa da caça, e neste aspecto era cruel, amedrontando suas presas.

   Para os romanos, Ártemis correspondia à Diana, (Di = que evoca a Luz). Sendo a Segunda-feira o dia da Lua, também era a ela devotado. Porém Diana era evocada no aspecto 'Deusa-Mãe da Natureza', e teria alguns atributos bem diferenciados da grega Ártemis. Tanto que em suas respectivas representações, a deusa Diana, normalmente é vista rodeada de animais, portando uma túnica comprida onde ostenta múltiplos seios (símbolos de fertilidade) e com as mãos abertas em um gesto ritual. Enquanto a deusa Ártemis apresenta-se como sendo uma jovem robusta e com rosto severo (uma antítese de Afrodite?); usando uma túnica leve e curta - estratégica para ter as pernas livres e poder correr, ao seu lado está presente um cão ou uma corça. Na maioria das vezes, portanto um arco, e outras um archote. E na cabeça ostenta um diadema com o Crescente Lunar. 
 
   Dizem que certa vez, Ártemis se apaixonou... Por Orion, filho de Poseidon, mas para não quebrar seus votos de castidade, o matou. Certa vez, ao cassarem juntos, Orion demonstrou interesse por Ela, que imediatamente fez surgir um escorpião que picou, o caçador de gigantes. Reza a lenda que a Deusa tomou de amores pelo escorpião, por tê-la salvo - que o transformou em Constelação, assim como o fez com Orion. Já em outra versão, conta-se que ao ser desafiada por Apolo, a acertar um alvo móvel em alto mar, não pensou duas vezes, e disparou sua flecha potente e certeira no alvo... Que era a cabeça de Orion. Mas mesmo com seu jeito 'rude' de ser, tal era a graça e beleza de Ártemis que o Templo eregido em sua honra, na região da Turquia está entre as Sete Maravilhas da Antiguidade.

In: A.S.Franchini, Carmen Seganfredo, As 100 Melhores Histórias da Mitologia/ Hacquard, Georges, Dicionário da Mitologia Grega e Romana.

  
   Artemísia (Artemisia vulgaris) é a planta da Deusa, e simplismente, extraordinaria seja no uso terapêutico ou magístico. Textos medievais já atestavam seu poder, o chá dessa planta é um ótimo digestivo, de grande benefício para quem deseja se livrar do terrível vício do alcoolismo, também há grande eficácia no combate à febre amarela,  dengue e à malária. E nas tradicionais medicinas japonesa e chinesa, sua energia é aplicada por meio da moxabustão - bastão de artemísia seca e prensada, cuja ponta em brasa é aproximada dos pontos de acupuntura para sua ativação. Da tradição popular, a artemísia é relacionada com a saúde da mulher, especialmente ao sistema reprodutor e urinário; por isso o nome, em honra à deusa casta, Ártemis.

   O elemental da artemísia é uma Salamandra, e atua nos chakras do útero e dos ovários, realizando prodígios. Por isso se recomenda, seu chá  para regularizar as funções reprodutoras femininas. Este elemental também é convocado para inúmeras práticas de magia branca, como a defesa psíquica. Neste caso, a planta deve ser seca à sombra por alguns dias e suas folhas, queimadas em um braseiro. A fumaça deve ser espalhada por toda a casa e principalmente sobre as pessoas enfermas ou obsedadas psiquicamente. Com isso, todo ataque, como obsessões, mau-olhado, ataques psíquicos diversos, larvas astrais e mentais, são anulados com o poder dessa planta sagrada.




   Aproveite da energia entrante da Lua Nova (triplicada) por ser o dia de Ártemis e preste sua homenagem à Deusa pedindo-lhe principalmente, que renove também suas energias...

Ritual à Ártemis © by mundi
Material
  • 1 toalha ou pano branco (novo)
  • 3 velas brancas (tipo lamparina)
  • óleo essencial de artemísia ou verbena
  • incenso de artemísia ou verbena
  • flores brancas ou um vasinho de artemísia
  • 1 cálice de vinho branco ou suco de uvas brancas
  • 1 pedra da lua (limpa deixe de molho por 3 h em água salmoura depois lave com água mineral)
  • 1 crescente lunar (opcional)  
  • 1 colher de sopa de artemísia ou verbena
  • 2 L água mineral
Execução
Banho
Previamente coloque para ferver a água e ao abrir fervura acresça a artemísia ou verbena e abafe. Após esfriar/amonar coe  e feito seu banho  normal despeje este delicadamente do pescoço para baixo. Deixe secar o mais natural possível e depois vista de preferência roupa branca ou clara.
À noite monte seu altar ou em local reservado sobre uma mesa disponha a toalha (reservada para rituais) e as velas (ungidas no óleo do pavio à  base) de forma circular, com certa distância uma da outra (a formar uma meia lua crescente). Coloque na laterais as flores em um vaso ou plantada e a pedra da lua, do outro o incenso. Dentro dessa forma circular formada pelas velas coloque o cálice com o vinho/suco. Acenda então as velas e o incenso e entoe

'Ó Ártemis, Rainha de toda a vida,
Dama dos encantos e guardiã das regiões selvagens, escuta meu apelo!
Que os teus poderes me auxiliem e me protejam!
Ó Ártemis, Dama dos lagos, virgem caçadora,
faz com que o arco de prata que tu portas projete sobre mim tua luz!
Que tua força, capaz tanto de punir quanto de curar,
me acompanhe durante os dias obscuros que surjam!
Dá-me a força! Dá-me a liberdade! Concede-me a luz! '

Faça seus pedidos à Deusa Caçadora tome 3 goles da bebida devolva o cálice no  mesmo lugar respire fundo por 3 vezes, então imagine-se como sendo a própria Ártemis, e entoe

'Eu sou a Estrela que brilha na escuridão e no crepúsculo.
Eu propicio a vida e dirijo o destino.
Embora eu seja conhecida sob muitos nomes,
a terra inteira me venera.
Eu sou a natureza, a beleza da terra.
Senhora de todos os elementos,
soberana de todas as coisas espirituais,
Rainha do céu e dos infernos,
Rainha da morte e da imortalidade,
Eu sou a Única manifestação
de todos os Deuses e de todas as Deusas.
Ouça as minhas palavras e sinta o meu ser!
Não se esqueça de onde tu vens e para onde tu és chamado!
Tu deves saber que eu estou contigo e em ti;
que eu sou una contigo.
Assim, o espírito deve alcançar o profundo mistério da vida;
Assim, tua natureza divina, a mais secreta, me envolve no êxtase do infinito!'
  
Agradeça à Deusa pela energia recebida e beba mais 4 goles da bebida do cálice e o devolva no mesmo local. Permita então que as velas continuem a queimar tranquilas. Do término suas sobras, da erva usada no banho e o que sobrou da bebida no cálice devem ser depositados na Natureza. Pode ser no jardim de sua casa, em uma praça ou mesmo em um vaso de plantas. A pedra e o crescente lunar estão imantados com a energia da Deusa. Use-os sempre que quiser se conectar com Ela.
Caso não possa realizar o ritual hoje, dia da Deusa ou mesmo queira invocá-la em outro momento. Busque fazê-lo às segundas-feiras, na Lua Crescente e a noite.

 
 
 ATENÇÃO - Trabalhando com o elemento FOGO; mantenha sempre distância segura dos demais objetos, verifique de vez em quando se tudo tranquilo, e jamais saia de casa e deixe velas acesas ou mesmo vá dormir, sem segurança prévia.
 

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