Eu queria muito ter forças para ficar. Queria conseguir te
olhar nos olhos e dizer que ainda aceito tudo isso que você me dá. Ou o tanto
que você oferece. Só que algo aqui dentro mudou. Eu te amo e não vai mudar em
nada seguir sem te ver nos meus dias. Não vou conseguir te apagar da minha
rotina e muito menos vou ter força para afastar as lembranças. O que eu não
posso mais é continuar tentando me espremer para caber no teu afeto.
Quero amar sem medida.
Sei que não existe certo ou errado. Adianta eu chegar aqui e
jogar um monte de coisas na tua cara? Te magoar? Eu não me tornar seu inimigo.
Pelo contrário, vou manter o desejo de ser bem mais que uma “amizade”, e não
saberia te desejar algum mal. Posso até torcer para que você seja feliz de
longe, com o sorriso que adoro sem cortar meu coração por ser para outra
pessoa, mas nunca esperaria te ver mal por aí.
Talvez exista, sim, uma vontade de que você sinta saudade e
que a minha falta te corte de vez em quando. Que o teto te pegue mirando pra
ele e se perguntando quando que alguma notícia minha aparecerá na sua timeline.
Que o consolo só venha com uma bebida e, também, que você não seja idiota
suficiente para achar que esquecer está atrelado a se perder por outros corpos
e transar sem sentimento algum.
Por puro prazer culpado.
Se um dia, quem sabe, nos encontrarmos e tudo fluir para um
querer recíproco e compatível, podemos tentar. Sei que aí dentro vai ficar um
pedaço de mim e de todas as coisas boas que ficaram. A porta pela qual você não
quis entrar não irá se fechar com raiva ou força, mas não posso prometer que
continue aberta. De resto, apenas hoje aceito que meus convites não serão
atendidos. Eu queria poder ficar esperando, mas não dá.
Meu coração é grande demais para se espremer em alguém.
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