quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Depilação Íntima: sim ou não?

Loja American Apparel: manequins exbindo "farta cabeleira" no Soho, NY
 
    A quase três décadas, a depilação total da região pubiana se tornava uma febre no exterior, com o modelo exportação mande in Brasil dos biquinis ultra cavados, recebendo o nome de Brazilian Bikini Wax, mas parece já não ter o mesmo público cativo de antes. Além dos fatores estético e cultural, essa é uma questão de ordem subjetiva. Sendo impossível falar de depilação sem citar primeiro, a função fisiológica do pelo, que é a de proteção - previne doenças como: infecções transmissíveis sexualmente pelo HPV e a vulvovaginite. Quanto a higiene, apesar de dividir opiniões médicas - para alguns especialistas, a depilação é um fator que favorece a higiene, já que da ausência de pelos é praticamente impossível reter resíduos de soluções biológicas (suor e urina) ou resíduos de produtos usados na higiene pós miccional (papel higiênico) que pode acumular com mais frequência, quando da presença de uma maior quantidade de pelos na região - enquanto para outros é necessária a preservação dos pelos... Uma coisa é certa: com pelo ou sem é necessária a manutenção e higienização regular; seja com sabonetes neutros ou específicos desenvolvidos para essa função.

   A trendy atual parece ser o retorno a um look mais natural exibindo a fartura... Tudo isso, graças a Lady Gaga ao ser fotografada para a revista Cady com pelos pubicos bastante generosos. A atriz Guyneth Paltrow também declarou sua preferência pelo visual mais natural possível (à la anos 70), e a Cameron Diaz dedicou em seu livro, lançado recentemente - The Body Book, um capítulo inteiro ao tema; alegando ser contra a depilação íntima, onde enaltece serem os pelos pubianos, uma linda cortina que presta serviço ao galanteio masculino; atiçando a imaginação dos amantes, e ainda criam um certo ar de mistério sobre "os tesouros privados".


   Mas há controvérsias, o Instituto Kinsey para estudos sobre o sexo, gênero e reprodução dos EUA, em parceria com a Universidade de Indiana realizou um novo estudo sobre a influência brasileira na depilação das partes íntimas sobre as mulheres americanas. Do grupo de 2.451 mulheres consultadas sobre seus hábitos relativos à depilação:
  • Na faixa etária entre 18 a 24 anos - 87% das entrevistadas responderam fazer a depilação total ou quase; sendo constatado ainda que essas mulheres possuiam maior probabilidade de fazer um auto-exame visual, por conta da técnica de depilação escolhida; além de responderam estarem mais felizes com sua vida sexual.
  • Para mulheres de condição bissexual 86% e lésbicas 74% - também declinaram da mesma opinião.
  • A pesquisa ainda levantou um perfil entre a relação direta entre a depilação e o sexo oral - 81,6% das mulheres totalmente depiladas dizeram ter recebido sexo oral durante as quatro semanas anteriores à pesquisa; seguido por 70,8% de mulheres que deixaram uma pequena faixa de pelo.
     Quanto à qualidade do sexo; dizem que a mulher se sente mais segura sem a presença dos pelos (mais limpa e cheirosa), na hora H, a ausência de pelos facilita o acesso ao clítoris e estimula ainda mais o prazer, no sexo oral é motivo de aplausos por conta do parceiro. e ainda há a proposta em querer se apresentar com um corpo pueril para agradar o homem. Se isso é uma questão de fetiche passageiro, com certeza o esforço será altamente compensatório. Mas ao se tornar uma exigência por parte do parceiro; pode demonstrar que ele, na verdade tenha algum tipo de distúrbio ao se excitar somente com a imagem de uma mulher infantilizada.
 
    No Brasil, na década de 80 a atriz Claudia Ohana (dentre outras) causou verdadeiro furor ao posar para uma revista masculina com uma exuberância na região pubiana, o que na época rendeu o apelido de "Floresta Amazônica"... Fato este, se repetiu no ano passado quando foi a vez de Nanda Costa revalidar tal discussão (reveja o post).

   Tudo isso, leva a crer que a idéia de resgatar um visual mais natural está distante da lógica das brasileiras. Claro que algumas mulheres não depilam mesmo, seja (pasmem!): por medo, desconhecer os benefícios, vergonha ou infelizmente, por questões financeiras. Mas se o fazem uma vez, dificilmente deixam a prática de lado, e se rendem aos seus efeitos: a área fica mais bonita, com um aspecto de pele bem cuidada e a sensação única: de limpeza e higiene.

Nanda Costa - revista Playboy ago/2013
 
     Afinal, os cuidados com as partes íntimas é algo extremamente saudável e positivo e, independe do gênero. Para os ocidentais, por questões evolutivas o homem possui maior quantidade de pelos, enquanto as mulheres associam sua ausência à feminilidade, e não há melhor representante que a mulher brasileira, conhecida pela sua vaidade e sensualidade.
 
     Como a tribuna é livre - tem para todos os gosto e necessidades...
  • 100% natural - O conforto de não precisar fazer a depilação é uma vantagem, sem dúvida; mas exige manutenção, mesmo que simples - manter os pelos aparados é essencial. Para isso, basta cortá-los cuidadosamente, com uma tesoura e, claro redobrar a higiene!
  • Zero% - A depilação com remoção total de pelos é mais comum entre as mulheres mais jovens, o que é uma vantagem no calor ou durante o período menstrual.
  • Meio termo - Para as  que preferem "nem tanto ao mar ou a terra", designs arrojados não faltam; dentre eles o que inclui a colocação de glitter ou mesmo o tingimento da cabeleira (a debaixo!)

Alguns modelitos que já foram top

     Na opinião deles, (os de 35 anos ou menos) olhando em pesquisas/enquetes por aí, e tirando uma média: a maioria 51% preferem zero%, 39% designs diferenciados,16% naturais e 4% tanto faz.

    Vale lembrar que para mulheres acima dos 35 anos a depilação total não é algo tão agradável assim, relembra o estudo do Instituto Kinsey portanto, a mulher deve optar pela forma que se sinta mais à vontade, independente de exigências seja, por modismos extremos ou por cobrança de parceiros. É importante que ela conheça o seu próprio corpo, se observe regularmente (com a ajuda de um espelhinho). Como a base de tudo; o mais importante é se sentir bem, e ser feliz!
 


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