Animal de Poder: Libélula

    No Xamanismo o poder de cura da Libélula relaciona-se com os sonhos e ilusões aceitas como realidade. Sempre lembra que é preciso procurar em si mesmo, pelos hábitos que são necessários mudar para alcançar a evolução e no que se pretende na vida. E, também de que é preciso dar graças ao alimento ingerido, e que dá sustentação ao corpo, bem como, da necessidade de acabar com as ilusões que acorrentam; restringindo as ações ou idéias.

    Querendo mudanças? Chame a Libélula para guiá-lo pelas névoas da ilusão rumo o caminho da transformação. Aplique a arte da ilusão para resolver seus problemas, e lembre-se que as coisas nunca são completamente como muitas vezes parecem ser.

   Sentido-se infeliz? Isto é sinal de que você perdeu o seu ponto de referência ao seguir idéias alheias e vive em um mundo ilusório. Siga a Libélula em seu interior - onde a magia ainda está viva, e beba profundamente de seu poder. Esta habilidade é sempre mutável, e traz o conhecimento de que você é responsável por tudo que cria em sua vida.

   A libélula é um dos animais de Ixchel, a deusa Lua adorada pelos Maias. Segundo a mitologia, quando ela quase foi morta pelo seu avô por tornar-se amante do Sol, a libélula cantou sobre ela até que se recuperasse. Por isso, ela é a Deusa relacionada à criatividade, à tecelagem, à saúde, à medicina e sua influência é notada nas chuvas, nas marés, nas fases da mulher, nas fases da lua, em nossa intuição, em nossa luz e sombra, na vida e na morte.

   Outras lendas afirmam que a Libélula foi um dia um Dragão, assim também é conhecida com o nome de 'Dragonfly' (= Dragão voador) - com escamas coloridas similares àquelas encontradas nas asas da Libélula.

   O Dragão era muito sábio e voava pela noite escura; espargindo a luz com seu hálito de fogo. dizem ser seu hálito de fogo que trouxe para o nosso mundo, a arte da magia e a ilusão de mudar de forma. Mas chegou o dia em que o Dragão sucumbiu à própria ilusão, ao deixar-se enganar pelo ardiloso Coiote, que o convenceu a mudar de forma para provar que possuía de fato poderes mágicos. Aceitando o desafio movido por pura vaidade, ele adquiriu a forma que tem até hoje - a de Libélula, e desprovido de seus poderes mágicos não pode mais voltar à sua forma primordial.

   A Libélula, além de expressar a essência dos tempos de mudança, das mensagens de iluminação e sabedoria, também faz a comunicação com o mundo dos Elementais ou Espíritos da Natureza, presentes nos quatro elementos: Terra, Água, Fogo e Ar.