Por Medium Coeli
A Astrologia
Contemporânea perdeu um de seus mais poderosos instrumentos, aquele que
propicia ao nativo se reintegrar à Unidade. Em parte, isto se deu pela má
compreensão dos procedimentos empregados, mas também, em razão da perda de
identidade a que foi submetida no início do século XX. Taxados como Magia,
foram abandonados ou simplesmente, descartados como crendices e superstições.
Nada tinham de religiosos, embora fossem auxiliares poderosos na direção da
perfeição divina.
Se sozinha a
Astrologia era considerada bobagem, aliada à Magia então, virou assunto
proscrito. E com isso, este ramo da Astrologia se recolheu a uns poucos
círculos de Iniciados e, mesmo assim, disfarçada por metáforas e mitos, temas
que nunca fizeram parte da Astrologia Tradicional.
Foram os místicos
árabes a partir do século V que codificaram o sistema de maneira coerente e
compreensível para o Ocidente. Partem do principio de que somos impuros,
indicando que o primeiro passo é a limpeza ou purificação. Depois seguem-se
dois outros passos antes de se alcançar a consciência da unidade. Esta é a
derradeira etapa antes da comunhão com os planos da divindade.
Mas há um porém.
A partir do Iluminismo, a experiência divina ou religiosa foi colocada de lado,
na mesma proporção em que o Homem assumiu uma posição central na Criação e no
próprio Universo. A experiência mística se restringiu então aos círculos
ocultistas ou iniciáticos, com fundamentos racionalistas cada vez melhor
elaborados e estruturados. Estes resultaram nas Ordens onde o desenvolvimento
ritual se tornou mais importantes que a vivência interior.
Surge então a
pergunta: quem se lembra de Deus? Quem se preocupa com ele em pleno século XXI?
Apesar de toda preocupação com o autoconhecimento, o que o nativo saberá fazer
com isso? Para que servem as diversas informações coletadas se o próprio não
inicia um processo de regeneração e reintegração?
Portanto, precisa
haver uma finalidade, um objetivo grandioso que justifique uma grandiosa
mudança de hábitos. O ponto de partida é sempre o Ascendente e a primeira
“estação” é a Lua em seu mapa. E o primeiro “destino” é o Sol.Não importa onde pretenda chegar com a magia resultante, estas são as etapas que terá de seguir necessariamente.
A Lua representa
hábitos e condicionamentos, a sua zona de conforto, a casa dos pais. Mas a Lua
é também a conexão com o astral, com o mundo espiritual. Não existe boa magia
se não tiver visualizado e memorizado o que pretende e como pretende. A Lua é
entrega a algo que você não vê, é estar no bom caminho sem ter a certeza de
onde você chegará. Experimente avaliar este astro em seu mapa sob esta
perspectiva. Há um longo trabalho pela frente.
Pasqually e
Saint-Martin (dentre outros) são unânimes em afirmar a importância da
regeneração e da purificação para um bom acesso aos planos espirituais mais
elevados. Qualquer que for o processo mágico empregado, você terá de contar com
o auxílio do Anjo Guardião (ou Mestre Interior) e este apenas estará disponível
se esta etapa tiver sido concluída à contento. É comum que esta fase dure cerca
de um ano… e então haverá mais duas fases antes de poder se dignar a pedir o
auxílio do Anjo Guardião ou Mestre Interior.(A imagem no alto da página ilustra as etapas a serem percorridas).
O mais elegante
da Astrologia aliada à Magia é que ela pode ser individualizada a partir de seu
mapa de nascimento, onde você encontrará ainda outras importantes dicas que
podem lhe ajudar no caminho em busca à consciência da Unidade como também, as
dificuldades e armadilhas no percurso. E pode ainda
escolher as melhores ocasiões para lidar com elas. A Astrologia Hermética é
apenas um arremedo da verdadeira Magia Astrológica.
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