3. Eu preciso de um parceiro(a) para ser feliz - Muitos de nós carregam a certeza de que serão infelizes para sempre sem um parceiro(a). No entanto, vários estudos mostram que pessoas solteiras não são menos felizes do que as casadas, e que solteiros encontram a felicidade e propósito em outros tipos de relacionamentos e atividades. Infelizmente, acreditar nesse mito pode ser tóxico: Ao não reconhecer o poder de resiliência e as recompensas de ficar sozinho (como ter mais tempo para passar com os amigos ou poder pôr em prática projetos solo e aventuras) pode nos levar a aceitar um parceiro(a) romântico que não combine conosco.
4. Somente quando ter o meu 'trabalho dos sonhos', serei feliz - Na raiz desse mito da felicidade reside o equívoco de que, embora não estejamos felizes agora, certamente seremos quando tivermos o nosso 'trabalho dos sonhos'. Ao alcançar esse trabalho aparentemente perfeito, entretanto, surge um problema quando descobrimos que ele não nos faz tão felizes quanto esperávamos. O que explica essa experiência desagradável é o processo inexorável de adaptação hedônica, ou seja, o fato de que os seres humanos têm a capacidade de se habituar, ou se acostumar, à maioria das mudanças da vida. Infelizmente, se estamos convencidos de que um certo tipo de trabalho nos faria felizes e acabamos abandonando boas carreiras em busca de tal trabalho, podemos acabar nos arrependendo depois que a adaptação hedonista nos acostuma ao novo ambiente. Assim, um primeiro passo fundamental é entender que todos se habituam à novidade, emoções e desafios de um novo emprego ou empreendimento. Esta nova consciência irá sugerir-nos uma explicação alternativa para o nosso mal-estar no trabalho. E talvez pode ser que não haja nada de errado com o trabalho, ou com a nossa motivação, mas com outros aspectos da nossa vida que interferem em nosso humor durante o trabalho.
5. Eu vou ser feliz quando ficar rico(a) e bem sucedido(a) - Muitos de nós acreditam fervorosamente que, se não está feliz agora, estaremos felizes quando finalmente chegarmos a um certo nível de prosperidade e sucesso. No entanto, quando essa felicidade indescritível prova ser de curta duração, alguns se decepcionam e até mesmo entram em depressão. Quando conseguimos alcançar – pelo menos no papel – muito de tudo o que sempre queríamos, a vida pode se tornar entediante e até mesmo vazia. Muitas pessoas prósperas e bem sucedidas não entendem este processo natural de adaptação, e podem chegar à conclusão de que precisam de mais dinheiro para serem verdadeiramente felizes. Eles não percebem que a chave para a felicidade não está em quão bem sucedido somos, mas no que fazemos com o nosso sucesso; não é o quão alto o nosso lucro é, mas como o utilizamos.
6. Nunca vou me recuperar desse diagnóstico - Quando os nossos piores receios sobre a nossa saúde se tornam realidade, não conseguimos imaginar indo além do estágio de choro e desespero. Não conseguimos nos imaginar felizes de novo. No entanto, nossas reações e pressentimentos sobre este pior cenário são regidos por um outro mito da felicidade. Muito pode ser feito para aumentar a nossa sobrevida, seja qual for a doença. E também podemos dar um propósito a este momento doloroso e crescer como seres humanos.
7. Os melhores anos de minha vida terminaram - Quer sejamos jovens, de meia-idade ou idosos, a grande maioria de nós acredita que a felicidade diminui com a idade, caindo mais e mais a cada década até chegar o ponto em que nossas vidas serão caracterizadas por uma tristeza profunda. Assim, alguns podem se surpreender com a pesquisa que confirma que nossos melhores anos ainda estão por vir. As pessoas mais velhas são realmente mais felizes e satisfeitas com suas vidas do que as pessoas mais jovens; elas experimentam emoções mais positivas e sua experiência emocional é mais estável e menos sensível às vicissitudes da negatividade diária e stress.
Embora o pico de bem-estar ainda seja pouco clara, três estudos recentes demonstraram que o pico da experiência emocional positiva ocorreu em idades de sessenta e quatro, sessenta e cinco anos, e setenta e nove, respectivamente. O que ficou claro é que a juventude e a idade adulta emergente não são os tempos mais ensolarados da vida. Por que isso? Quando começamos a reconhecer que os nossos anos de vida estão ficando limitados, mudamos nossa perspectiva sobre a vida. O horizonte de tempo mais curto nos motiva a ser mais orientados para o presente e investimos o nosso (relativamente limitado) tempo e esforço para as coisas da vida que realmente importam. Assim, por exemplo, à medida que envelhecemos, os nossos relacionamentos mais significativos tornam-se muito mais prioritários do que conhecer novas pessoas ou correr riscos; investimos mais nessas relações e descartamos aquelas que não nos satisfazem. Em certo sentido, nós nos tornamos emocionalmente mais sábios à medida que envelhecemos.
Via: psychologytoday.com
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