domingo, 5 de outubro de 2014

Dia da Ave



Sabiá Laranjeira (Turdus rufiventris) - Foto by Fábio Timm

   As aves constituem um dos grupos de animais de ampla distribuição geográfica; estando distribuídas em praticamente todos os ecossistemas. Assim pelo mundo, novas espécies são descritas quase que anualmente. Hoje, tem-se conhecimento de 9 mil espécies. O Brasil ocupa a terceiro lugar em biodiversidade, são 1,7 mil; ficando atrás da Colômbia e Peru. 

   A ave-símbolo do Brasil e do estado de São Paulo é o Sabiá Laranjeira (Turdus rufiventris), que ainda abriga quase 200 espécies endêmicas e 122 espécies de aves ameaçadas de extinção.

   O Sabiá Laranjeira originalmente, habita florestas abertas e beiras de campos, mas por ser uma espécie bastante adaptável, também é visível uma certa concentração nas áreas de lavoura e cidades. Ele tem plumagem parda, já na região ventral a cor predominante é um vermelho-ferrugem, levemente alaranjada e o bico amarelo-escuro. Mas a espécie apresenta por vezes, colorações aberrantes, que podem estar ligadas a alterações no seu ambiente ou mutações genéticas.

   Seu poderoso canto, que ocorre no alvorecer/madrugada e à tarde já foi inspiração de vários poetas e escritores, como Gonçalves Dias em Canção do Exílio - por expressar o 'amor e a Primavera'. Porém, com o passar das décadas o quê fora considerado, doce melodia; passou a ser um tormento e motivo de ira e polêmica, já que o cantar dessa espécie atinge cerca de 75 decibéis, pouco menos que ruídos do tráfego, e tem mantido muitos paulistanos acordados pela madrugada adentro.

   O canto porém, como na maioria das aves tem por função demarcar território e, no caso dos machos, atrair a fêmea. Em geral, é parecido com o som de uma flauta doce, e é parcialmente aprendido; havendo linhagens geográficas de tipos de canto pois, nenhum pássaro da espécie canta exatamente como o outro. As fêmeas, também cantam, mas em frequência bem menor.

   O ninho é construído pelo casal utilizando gravetos, fibras vegetais e barro; bem como, o cuidado com os filhotes. A fêmea põe de 3 a 4 ovos que eclodirão após treze dias, e em três semanas os filhotes podem deixar o ninho. Cada fêmea choca três vezes por ano e pode gerar até 6 filhotes por temporada. Com estimativa de vida de dez anos na Natureza por indivíduo, a população do Turdus rufiventris é considerada estável, embora não quantificada, e sendo descrito como uma ave comum.

  Mas o enorme desafio se mantêm - em integrar a conservação das aves; como de outros animais ao desenvolvimento sustentável das populações; principalmente, quando este  começa invadir o 'espaço urbano'. O início da conscientização obrigatoriamente, passa pela educação ambiental direcionada ao estímulo à curiosidade, e ao afeto das crianças pela Natureza de modo geral.

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