Por Carmen K'hardana
(baseado na Tradição Navi - Ancestral do Deserto)
E chega um novo ciclo lunar… Tashritu e um novo ano. 5775, no calendário naví!
No dia 01 de
Tashritu, dia de Yumá Truá, todos os naví’e devem se reunir com a intenção de
celebrar o início do ano novo naví. Este dia é conhecido também como o dia da
coroação dos deuses. É Ensinado por nossos ancestrais que todos os deuses se
encontram presentes para celebrar na tenda do Encontro nesta noite.
Este dia é
inteiramente consagrado ao sagrado, à celebração e a busca da unidade tribal no
acampamento.
01 de Tashritu é
Yumad Shará de Sara HaNavía, a mais importante dentre todas as matriarcas de
nossa tradição. Sara representa a força de Sharit, A nobreza das matriarcas.
Esse é o ano do
compromisso. E compromisso para a tradição naví, não tem relação com retórica
nem ideias. Compromisso é aquilo com o que me envolvo, coloco as minhas mãos,
ajudo a construir com minhas mãos. Simples assim.
Qual o seu
compromisso? Que compromissos quer assumir? Com o que você se envolve? Em que
construção quer participar? E do que você precisa abrir mão em prol do que se
propõe a construir?
O mês que chega,
Tashritu, é regido por Ianat. A deusa guerreira, e para os ancestrais de nossa
tradição, a guerra é uma das questões mais sagradas da existência, pois
trata-se da razão do nosso desenvolvimento espiritual. Ianat é também a face do
sagrado feminino guardiã das portas.Sua missão era ser a guardiã da porta do
abismo, a fonte de todos os mistérios, a guardiã da porta do Shuassar (a
fonte da toda sabedoria) e do G´nat Dania (Jardim do Edem). Por ser
guardiã dessas três portas, muitas vezes Ianat é representada por um triângulo.Ianat nos trouxe a proteção das franjas, que usamos nas portas de nossa tenda e em nosso corpo.
E foi Iannat que
ensinou os mistérios do sangue menstrual para Siduri.
O mês de Tashritu
é regido por Yihawehá em sua face jovem
Por Neguev, o
vento sul. A palavra “neguev” significa em ikle, “limpar, esfregar”.
Por Ferat, o
fluxo da serenidade.
Ainda em tempo
frio, a estação Grishma Kariri.
O clã de Efrain,
que significa nômade.
Há algumas
grandes fendas neste mês que inicia o ciclo de 12 meses:
Yumá Azazel,
conhecido como o dia do perdão. Azazel é um Teraf, filho de Ianat e é Azazel quem guarda as portas do
abismo.
Andiruna, período de 8 dias que se inicia em 15 de
Tashritu, que torna-se a porta para o Shuassar.
Yumá Aruana que é uma porta de acesso ao G´nat Dania.
E neste ciclo lunar de Tashritu; vibra a potência da liberdade… ou a força da
liberdade… A energia da letra Lamad, a potência e o amor, e em sua alma
refletindo em seu corpo, rege a sua vesícula e da letra Pe, a liberdade, que em
sua alma rege o seu ouvido esquerdo. Potência é a força que rege toda a natureza… é a força que faz uma simples
grama em seu jardim crescer… e é a mesma força geradora que fez você crescer no
útero de sua mãe, sair deste útero e ver a luz do sol. E toda essa potência,
por tras de si, tem o amor.
E a liberdade? Acima de tudo, liberdade é a liberdade de escolha. E liberdade
de escolha, nunca é fazer o que você tem vontade. Se você sempre faz o que
quer, simplesmente, simboliza que é escravo de suas vontades, e neste caso,
foi-se sua liberdade… torna-se escravo de si mesmo. Torna-se escravo de seus equívocos,
de sua forma congelada de se relacionar com tudo. E isso fecha suas
experiências em um campo cíclico, de repetições sem fim.
Liberdade é conseguir lucidez o bastante para fazer o que precisa ser feito,
mesmo em detrimento de sua vontade. E isso nos abre a novas experiências.
Que venha a liberdade e sua força.
Que venha a liberdade e sua força.
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