domingo, 4 de maio de 2014

Real Humans, a série



   Para quem acompanhou a série sueca Real Humans (Äkta Människor) de Lars Lundström pode ficar feliz, mês que vem chega a segunda temporada na telinha.  E para quem não viu: trata-se de um drama que transcorre na Suécia e retrata as relações entre humanos e andróides; com aparência humanóide, os Hubots, como são chamados servem a humanidade realizando trabalhos de risco ou domésticos. Porém nem todos são a favor de sua dissiminação na comunidade, e preocupados com a segurança pública; formam-se grupos contrários à sua produção.
   A segunda temporada (composta por 10 episódios), transcorre alguns meses após os fatos ocorridos na primeira, onde a população está assustada com dissipação de um vírus que infectou diversos hubots. Ao mesmo tempo que estes foram orientados a não baixar programas de fontes desconhecidas, o governo por sua vez; tenta recolher os hubots que são perigosos para o meio ambiente. Inger Engman (interpretada pela atriz Pia Halvorsen) tem um complicado caso judicial, o qual pode dar aos hubots os mesmos direitos civis que os humanos. Em meio a forte resistência popular, a 'integração hubot' está Kevin Roger  que se engaja em uma organização militante: 'juventude das pessoas genuínas', e Mimi que apesar de se estabeler como um 'verdadeiro membro' da família Engman, ainda busca descobrir sua verdadeira identidade.

   A de se pensar 'tudo produto de muita ficção científica...' Parece que a questão tratada não é tão absurda, veja abaixo a reprodução de um texto  publicado em 2012, ano de lançamento da série na Suécia:

   [Transumanismo - Quase imortalidade, futuro de ciborgue: o homem está condenado a receber 'nanochips' em seu cérebro para não se tornar obsoleto? Desejosos de melhorar a espécie, os transumanistas hesitam entre promessas de futuros que consideram melhores e o temor de um apocalipse. Nascido de uma faixa da cibercultura californiana, o 'movimento transumanista' acompanha a evolução rápida do progresso da informática, da bio e da nanotecnologia e do conhecimento do cérebro. Com as novas técnicas, trata-se não apenas de aumentar as capacidades do homem (daí o nome "Humanity +" escolhido para o movimento em escala internacional), mas também preparar a transição para os "pós-humanos", espécies de ciborgues (organismos cibernéticos) que sucederiam a nossa espécie.

   O cientista americano Ray Kurzweil, apóstolo do transumanismo, prevê que, a partir de 2029, a inteligência artificial vai igualar a do homem. Para o autor do livro "When Humans Transcend Biology ou The Age of Spiritual Machines", entre outros, a partir de 2045, o homem deverá estar ligado a uma inteligência artificial, o que permitirá a ele aumentar sua capacidade intelectual um bilhão de vezes, um destino de ciborgue.

   No extremo, Hugo de Garis, especialista australiano em inteligência artificial, promete um futuro mais negro. Antes do final do século, uma "guerra exterminadora" deverá opor os "seres humanos" às máquinas inteligentes e aos "grupos que querem construir esses deuses", alertou, durante uma conferência realizada domingo passado em Paris pela Associação Francesa Transumanista (AFT Technoprog). Em mais alguns anos, um aparelho condensado pela nanotecnologia, do tamanho de um grão de areia, colocado no cérebro poderá ser suficiente para fazer de uma pessoa humana um ciborgue com capacidade mental bilhões de vezes superior, assegura Hugo de Garis que realizou estudos num laboratório da Universidade de Xiamen (China).

Paraíso ou inferno?

   Ele imagina que em 2070, uma jovem mãe poderá enfrentar um dilema: transformar ou não seu bebê em ciborgue. Fazê-lo poderá significar "matar seu filho" uma vez que ele se tornará "completamente diferente", advertiu. Em algumas décadas, a humanidade deverá, segundo ele, escolher se "manterá a posição de espécie dominante", fixando um limite para a inteligência artificial ou se construirá supercérebros.

   Sem compartilhar o extremismo de Hugo de Garis, o presidente da Associação Francesa Transhumanista AFT - Marc Roux destaca que, "ao contrário de boa parte da corrente transumanista", na França "o questionamento sobre os riscos" é colocado em primeiro lugar. Daí o tema da conferência: "O futuro do transumanismo: paraíso ou inferno ?"
   Marc Roux, licenciado em História, acha que "a perspectiva histórica de Kurzweil é falsa", porque as referências escolhidas são "arbitrárias" "Dizer que a emergência da inteligência artificial ou da consciência artificial vá se tornar 'forte', em 20 ou 30 anos, parece o limite do razoável", disse. E o destaque será o "prolongamento da duração da vida com boa saúde", um tema mais adequado para seduzir o público.

   Didier Coeurnelle, vice-presidente da AFT, concorda com esse ponto de vista. Segundo ele, daqui a algumas décadas, o envelhecimento poderá ter um recuo de 30 anos, podendo, no final, chegar a uma quase imortalidade.]


 


    ... Ainda sobre a série que foi exportada para mais de 50 países, parte de seu sucesso se dá com a notável presença dos atores; alguns deles bailarinos profissionais e, que receberam treinamento de um mímico para aprender a se movimentar como robôs, bem como, a controlar cada parte do corpo separadamente. Suas interpretações, muito elogiadas foram reforçadas com o auxílio de maquiagens especiais, perucas, lentes de contato coloridas e alguns efeitos sonoros na pós-produção.
 

Um comentário:

  1. Interessante reboque não tinha visto, eu acredito que Real humans é uma série de sci-fi muito atraente para o tema e como se relaciona até hoje vivemos ou um possível futuro, e quero ver seres humanos reais 2 espero seguir igualmente intrigante

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